-Capitã, deixa eu te revelar uma coisa: Eu e a
Isolda fizemos parte da equipe que criou a Irisa! De certa forma, ele tem um
pouquinho de nós duas, e somos um pouco mães dela...
-Caramba, Wendy !Não sabia disto !
-Mas é verdade!
Disse Wendy.
-Querem saber? Mais tarde vou chama-la para
conversar no meu escritório e vou pedir desculpas a ela!
E a conversa mudou, agora com as garotas curiosas
sobre a vida em Ecchia, em Junai, as nave Devlinianas, etc, perguntas todas
dirigidas a Rizel.
Por fim, Dina e as demais oficiais foram para a
Ponte e Rizel, para seu alojamento.
Mas chegaram na Ponte, Dina transferiu o comando
para Amber e foi para seu escritório.
Se sentou na poltrona de sua escrivaninha e
chamou:
-Irisaaaaa..ô,Irisaaa...vem cá, vem, conversar
comigo...
Ela apareceu, toda envergonha, e calada.
-Irisa, eu fui rude com você, e não fui
compreensiva. Peço que me perdoes !
A feição de Irisa mudou da água barrenta para a
champagne francesa, num sorriso de
orelha a orelha.
Dina se levantou da poltrona e abraçou Irisa com
carinho.
-Vem, senta de ladinho no meu colo. Não precisa
dizer nada agora.
Disse a Capitã, se sentando novamente, e Irisa
obedeceu prontamente, onde foi abraçada de novo e teve os cabelos acariciados.
Irisa se sentia como uma criança que se sente
amada e acolhida e por quase uma hora ficaram assim, até que Dina disse que
tinha de voltar para a ponte.
E assim, passou-se o resto da noite, sem nada de
mais acontecer, de modo tão enfadonho que a tripulação quis ir dormir logo que
deu onze horas da noite.
Irisa ficou novamente no comando da nave.
-Amber, hoje você vai dormir comigo, no meu
quarto, venha...
-Sim, Capitã!]As duas chegaram ao corredor
privativo, na frente da porta do quarto de Dina.
-Espere só um tiquinho aqui fora, Dina, aí pode
entrar.
Dina entrou primeiro, foi até sua cama e
desnudou-se completamente.
Logo Amber entrava e ao ver sua Capitã nua,
também tirou seu uniforme e sua lingerie. As luzes se apagaram quando Dina fez
um sinal com o dedo e disse:
-Vem ...
Amber se deitou na cama e abraçou Dina e ambas se
beijaram na boca.
Um andar mais para baixo, Isolda e Sasha estavam
no quarto da segunda, mas a engenheira recusou os carinhos da Chefe de
Segurança.
-Não. Eu...eu estou muito envergonhada. E
traumatizada.Eu...eu só quero chorar...não queria que Irisa tivesse nos visto,
e tenho medo que fique nos observando de novo...
-Então eu respeitarei, meu amor. Vamos apenas
dormir.Se queres chorar, meus ombros são só seus, estou aqui para te apoiar...
E as duas dormiram na cama, caindo no sono com
profundidade depois de Isolda chorar tudo o que tinha direito.
O tempo passava e eram três da madrugada, e Irisa
novamente estava entediada. Assistia pela décima vez o filme “O Fantasma da
ópera”, até que teve uma idéia.
Tarde da noite e a nave inteira teve soando, no
último volume, o tema do filme e seus primeiros acordes sinistros.
Dina e Amber acordaram sobressaltadas, ainda
nuas, coração disparado, a luz do quarto se acendeu a um nível fantasmagórico,
e viram um vulto leitoso que parecia alguém coberta por um lençol.
-Buuuuuuuuuuú !Eu sou a Fantasma da ópera !
A cena, já que Irisa , por ser uma projeção
holográfica, podia aparecer em toda a nave ao mesmo tempo, se repetiu em todos
os cômodos, e em todos eles se ouviu o grito uníssono:
-Irisaaaaaaaaaaaa !
-Ah, como descobriram que era eu?
-Quer nos matar de susto, menina !Desliga esta
maldita música !Deixa a gente dormir !Mas será possível que você não para de
aprontar?
Gritou Dina, abraçada com Amber, ainda mal
refeitas do susto.
-Fiz de novo...desculpe !
E Irisa desapareceu.
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário