sábado, 28 de março de 2015

O Presídio- Episódio 56



-Eu ainda não dispensei vocês ! Voltem aqui !
Eles a ignoraram e foram embora aos empurrões, sem ligar para as chicotadas dela.
Eles saíram  do Departamento e foram fazer um novo comício, agora muito maior.
Manifestantes, centenas e centenas deles, faziam o gesto nazista e gritavam palavras de ordem idem. Eu assistia a tudo aquilo assustado, e então me surpreendi: os muros do Presídio, que antes não chegavam mais a mais que dois metros de altura, de tão baixos que estavam, estavam de volta à sua imponência costumeira, com seus doze metros de altura !
Fui correndo ao gabinete de 133144, que junto com a 500800 a tudo assistia na sala de vigilância.
Foi tamanha a minha pressa, que esqueci de avisar para a minha esposa não sair de sua cela de jeito nenhum e trancar sua porta.
-Vocês viram o que está acontecendo?
-Estamos vendo sim, 100169 ! A 220967 não deveria ter sido  tão autoritária com eles, tentando força-los na marra a obedecerem-na. Ela confiou demais na autoridade dela, e achou que eles a respeitariam se ela ordenasse, mas isto só os inflamou mais ainda ! Ela corre sério perigo de vida- e nós também !
Disse 133144, de testa franzida fortemente, denotando enorme preocupação.
-Olha ela lá ! Ela está indo para o comício !E está com uma metralhadora na mão !
Disse 500800, apontando para a imagem de minha esposa na tela.
-Oh, não ! O que ela irá fazer ! Eu preciso impedi-la !
-Mas é loucura, 100169 ! Não podes fazer nada, não conseguirás protege-la !
-Mas 500800, eu não posso simplesmente assistir a ela ser morta!
-Ela tem razão, se voc~e for lá, será morto também !Deve ter umas mil pessoas lá, que te odeiam!
Então seguiram-se as cenas de horror:
220967 irrompeu no meio da multidão, e acionou sua metralhadora, matando cinco dos seis líderes e mais de quatro dúzias de agentes. Imediatamente sobreveio a ordem do que sobreviveu, e uma verdadeira muralha de homens a cercaram, e ela continuou metralhando, matando mais dezenas de agentes, mas um deles chegou por trás dela e arrancou-lhe a arma e a tentou imobilizar. Ela reagiu com violência e espancou três outros guardas, mas uma montanha deles voou para cima dela e a imobilizaram. Eles arrancaram as roupas dela e barbaramente a espancaram, para depois a estuprar em série.
Ela sofreu as piores brutalidades, e depois de quatro horas, várias dezenas de homens a tinha violentado seguidamente sem parar, até ela desmaiar, completamente exausta. Depois eles a pisotearam e chutaram e com adagas, a rasgaram e desfiaram ainda viva, e seus intestinos saltaram para fora. Seus seios foram arrancados com as mãos e sua caixa toráxica foi aberta, depois do esterno ter sido destroçado a golpes de marreta. Finalmente  a esquartejaram e a fizeram em pedaços. A cabeça , arrancada, foi esmigalhada com marretadas e explodiu em sangue !
E eles gritavam brados de vitória !
Assistimos a tudo estupefatos,sem conseguir acreditar no que víamos ! Agora a situação parecia não ter mais solução possível, e não nos restava alternativa senão fugir.
Aproveitamos que estavam todos concentrados no comício e fugimos para a caverna que ficava debaixo do Presídio.
Qual não foi nossa surpresa, quando chegamos na porta que dava para a caverna, de encontrarmos o Diretor em pessoa !
-Venham, andem logo !Não temos tempo a perder !
Disse ele, abrindo a porta para nós.
Assim que passamos, ele passou e trancou a porta.
E munidos de potentes lanternas que ele nos forneceu, corremos pelos corredores escuros até chegarmos na Câmara do Lago. Só então pudemos descansar !

(Por continuar)

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