quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Depois daquela fria manhã de Outono-Episódio 27



-Não foi nada, professora !
Disseram as duas, disfarçando, em uníssono.
Mas a Mestra estava desconfiada:
-Andem, confessem ! Por que estavam brigando deste jeito?Algum menino?
Hideo agora começou a suar frio e tremer !Estava vendo a morte chegar rápido !
-Foi só uma briguinha a toa, já somos amigas, não é, Kotone-san?
-É sim, Tenka-san, amigas !
-Bom, não interessa, já para a sala do Diretor, vocês duas, agora!
-Mas, mas...
A professora mandou chamar Mira-san, que as levou consigo, segurando-as pelos colarinhos.
Hideo deu um suspiro de alívio! Estava lívido ! Aquela foi por pouco, mas ele sabia que o perigo ainda existia.Se elas confessassem para o Diretor, seria o fim dele !
Mas na verdade nenhuma das duas iria confessar, pois sabiam que eram amantes, e Maki, a noiva, e que se fossem descobertas, a razão estaria com Maki e elas que iriam se dar mal.
De fato, na frente do diretor inventaram uma estória que nada tinha a ver com a realidade, e depois de uma advertência, ambas foram dispensadas por aquele dia.
Tenka, porém ao chegar em casa, ouviu a voz enérgica e poderosa de sua mãe:
-Muito bem, vá para o seu quarto, hoje é dia da sua Inspeção Trimestral de Virgindade, e a inspeção vai ser agora ! Governanta, leve duas empregadas com você e acompanhe minha filha ao quarto dela e procedam à inspeção.
Tenka agora tremeu nas bases, e suou frio. Seu rosto empalideceu , ela tinha feito amor com Hideo e se esquecera completamente das inspeções !
Ela ensaiou uma tentativa de fuga, mas a obesa e idosa senhora, chefe de todas as empregadas da mansão, a agarrou e duas outras serviçais a conduziram   à força para o quarto dela.
Desconfiada, a sisuda, arrogante e antipática mãe dela resolveu ir junto e assistir desta vez, ao contrário do que normalmente costumava acontecer.
Lá as serviçais a despiram completamente e , com a garota deitada com os seios para cima, abriram as pernas dela com violência, pois Tenka se recusava  abrir. Então olharam dentro da vagina dela e fizeram um toque profundo. As serviçais fizeram sinal de negativo pra a governanta, que com sua voz poderosa declarou:
-Minha senhora, a senhorita Tenka não é mais virgem! Há inclusive restos de esperma lá dentro, então o defloramento foi recente!
-Onde está minha chibata?
-Aqui, senhora !
-Eu não vou perder tempo batendo numa prostituta! Não vou sujar minhas mãos! Ela não é mais minha filha ! Não precisamos de quem suja e desonra o nome da família nesta casa !Dê uma surra nela , cem chicotadas, e a jogue no meio da rua e não a deixe levar nada !Vai ficar pelada no meio da rua e se virar sozinha daqui por diante !De agora em diante ela é lixo, ralé e está deserdada !
A mãe dela virou as costas e saiu do quarto, enquanto a filha gritava:-Mãe, não , por favor !Mãezinha querida, eu te amo tanto, mãe, socorro, por favor, por favor !
Mas a chibta começou seu silvo sinistro, enquanto as outras duas empregadas lhe davam tapas, chutes e socos, e as três a xingavam dos piores nomes possíveis, humilhando-a!
A mãe descia as escadas ainda ouvindo os gritos, verdadeiros berros, da filha, e nem mesmo uma única lágrima caía de seus olhos ferozes. Ao contrário, ela estava irritada e furiosa !
Com o corpo todo lanhado e ensanguentado, ela foi chutada para fora de casa em plena luz do dia, no meio da rua, nua, sem comida, dinheiro, renda, onde morar, nada. Ela vagava toda estropiada, cheia de hematomas e sangrando por todo lado, toda dolorida, com tanta dor que mal podia se aguentar de pé, quanto menos caminhar.
As pessoas na rua, horrorizadas, logo chamaram a polícia.
Mal se passaram alguns minutos e uma viatura policial chegou e encontrou a garota.
Era uma policial feminina, e, era justamente Akane!
-Ei, garota, o que aconteceu? Porque você está pelada no meio da rua?
Tenka simplesmente desmaiou nos braços dela, não aguentava mais!
Akane a colocou no banco traseiro de sua viatura e a levou  um hospital.
Horas depois , já tratada e cheia de curativos, vestida com uma camisola hospitalar ,Tenka contou o ocorrido para a policial, chorando desabaladamente.
Akane se condoeu da garota. Não podia deixar ela daquele jeito, abandonada!
-Mocinha, você vai para a minha casa, vai ficar hospedado comigo agora!
-Sim senhora, muito obrigada, senhora policial...
-Aham, não precisa me chamar de senhora, pode me chamar de Akane-sempai. Você já teve alta, então vamos par casa, e no caminho vamos passar numa lanchonete e vou te pagar um bom lanche, que você deve estar morrendo de fome !
E assim fizeram. Akane a deixou no apartamento dela e lhe deu roupas para vestir e recomendou a ela que tentasse dormir e descansar.
Quando Tenka pegou no sono, Akane ligou para a mãe dela, mas esta se recusou  receber a filha de volta.
-Está com dó? Fica com a vagabunda com você, então, policial !
-A senhora tem noção de que irá responder a processo judicial por isto, senhora?
-Advogados existem para isto, e posso pagar os melhores. Já a senhora, não. Entendeu, ou quer que eu desenhe?
Humilhada, Akane ficou de olhos rasos, e conseguiu apenas responder:
-Esta ligação está sendo gravada. Tudo o que disser poderá ser usado contra a senhora no Tribunal !
A mãe  de Tenka simplesmente desligou o telefone na cara dela.
No dia seguinte, a menina chegava na escola dentro da viatura policial, para espanto dos outros alunos.

(Por continuar)

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