sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mini série Projeto Iguanodon-Episódio 10



Os Observadores testemunharam tudo:
Lamby estava nervosa, assustada e agitada, pois era experiente e sabia que aquele caçador de dentes navalhinos não estava sozinho, e sabia ainda melhor, apenas um deles bastava para despedaçá - la viva.
Sabia que não adiantaria correr: eles eram mais velozes que ela!
Sua única arma era uma cauda de uma tonelada de músculos rijos, que podia ser usada como uma táboa de madeira girando no ar.
Ela encarou a fera com coragem.
O Tiranossauro abriu seu sorriso sinistro com seu arsenal de facas afiadas na bocarra aberta Ele não hesitou. Rugiu estrondosamente, e atacou!
Ela procurou se desviar, e acertou-lhe um golpe de cauda violento, que quase o derrubou. Ele avançou de novo e suas mandíbulas poderosas se cerraram, e deram uma puxada poderosa.
Ela tentou se desviar novamente, mas a mordida lhe fisgou a pata dianteira direita, arrancada fora com violência, quase inteira.
Ele engoliu quase a metade desta perna de uma só vez, e em outra bocada, a segunda parte.
Lamby sangrava abundantemente, tentando equilibrar-se em três pernas.
Outro tirano emergiu então da mata repentinamente e afundou suas mandíbulas em sua cauda, e um jovem tirano ,filhote já um pouco crescido, apareceu logo depois.
Agora o primeiro tirano já a prendia no pescoço, e tanta força faziam em desmembrá-la viva que a levantaram do chão alguns centímetros!
O filhote foi direto para o abdome dela, e rasgou-lhe o ventre, de fora a fora, os intestinos esparramando-se pelo chão em um mar de sangue.
Ela ainda mugia, desesperada, mas sabia que estava condenada.
A cabeça foi arrancada com pescoço e tudo.
Coração e pulmões engolfados pelas goelas famintas em uma só bocada voraz. Ela estava morta agora, mas por alguns segundos, ela pode assistir sua própria morte, cabeça separada do corpo vendo o corpo sendo estraçalhado. Uma lágrima caiu dos velhos olhos ,que se fecharam, a inconsciência veio e com ela a morte, para a cabeça também.
E Crys chorava copiosamente, mas baixinho.
Mas o que parecia ser um festim sanguinolento foi brutalmente interrompido, inesperadamente. O Giganotossauro retornara, e queria aquela carcaça.
Os dois tiranos olharam ferozmente para o predador maior. Não, eles não estavam a fim de  ceder a refeição deles ao Gigante, ainda maior do que eles próprios. E o instinto de preservar o filhote também falou mais alto.
O gigante atacou  o tiranossauro menor, um macho, que desviou-se do golpe e acertou-lhe uma mordida  nas costelas, arrancando um naco de carne, mas quebrando um dente.
A fêmea , um pouco maior que o macho, com quatorze metros de comprimento e cinco metros e meio de comprimento, avançou no Giganotossauro  e o mordeu na cauda, quebrando-lhe algumas vértebras.
O Gigante reagiu e sua bocarra acertou o pescoço do macho, que esperneou e riscou-lhe as costelas com suas garras dianteiras e traseiras, produzindo profundos vergões deixando espirrar muito sangue.
Mas ,indiferente o Gigatonossauro cerrou suas mandíbulas e esmagou-lhe as vértebras do pescoço, e continuou apertando até tritura-las. A cabeça rolou pelo chão.
A fêmea  atacou e desta vez acertou-lhe a espinha. Suas mandíbulas se fecharam com força. Então o Gigatonossauro desabou.
A mordida tinha  lhe paralisado as pernas.
Outra mordida arrancou-lhe o coração e parte de um pulmão.
-Vamos dar o fora daqui, pois aqui logo estará repleto de predadores!
-Mas, Did, é uma oportunidade magnifica de observar o comportamento deles!
-Eu sei, Pierce, mas e uma estupenda oportunidade de nós também fazermos parte da refeição deles!
-Ei, olhe la! Um bando de Syntarsus está chegando de um lado, e um outro de Coelophisis de outro. E a hora dos  necrófagos fazerem o serviço deles. Agora, Did e Pierce, nós ficaremos aqui, portanto, calem-se para não sermos descobertos!
Enquanto isto Rick, Marina e Valéria prosseguiam em sua jornada, encontrando agora o outro lado de um riacho que ia desaguar no laguinho dos Lambeossauros.
Uma clareira se abriu em um ponto em que o riacho se alargava. O que se descortinou a frente deles foi magnifico: nas praias ao lado do riacho, pequenas colônias de Maiasauras, Coritossauros, Anatotitans, e Iguanodons. Ao longe, se via as cabeças e pescoços de Camarassauros, Titanossauros e Barossauros, se refastelando nos espinhos de coníferas.
-Aaaah! Venham ver, venham ver, meninas!
-Ooooh! Oh, meu Deus, olhe todos aqueles filhotes, que gracinha! Disse Valéria.
-Val,eu vou brincar com os filhotes!
-Bom, eles não se assustaram conosco. Você acha que eles já conhecem humanos, Dr. Lankers?
-Sim, senão já teriam debandado, Val. Se quiser, vá brincar com eles, Marina, mas vá com cuidado e não faça movimentos bruscos, Okay?
-Sim, Doutor. Pode deixar.
E lá se foi Marina.
Uma vez a sós, Valéria se dirigiu a Rick:
-Estou tão acalorada, que tomaria um banho neste riacho agora mesmo!
-Eu também!
-Então o convido a tomar um banho comigo, Doutor!
-Você não se importa?
Em resposta, Valéria tirou a camisa e deixou livres, 'a brisa fresca, os enormes seios molhados de suor.
Sem a menor cerimônia, ou vergonha tirou o shorts e o restante das roupas e calcados. Estava nua!
Rick não vacilou de tirar a roupa também e entrou no riacho com ela. Impossível resistir 'a tentação. Valéria era deslumbrante!
Logo já estavam se beijando e fazendo amor entre si.
Repentinamente, os  dinossauros ficaram nervosos.
Passou por eles a manada de Lambeossauros que Crys, Did e Pierce tinham encontrado.
-Predadores por perto! Marina, é melhor irmos embora, venha!
Assustadas, todos os dinossauros por ali puseram-se a correr!
-Venham, meninas! Vamos  para aquele lado, onde estão os saurópodes, é mais seguro!
Disse Rick, vestindo -se, como alias já o fazia Valéria. Nem tiveram tempo de se secarem .
E mudaram de direção ,rumando para os saurópodes.
Um pouco depois, no entanto:
-Esperem! Pegadas frescas de Deinonichus! Eles estão por perto! Temos de ter muito cuidado.
Um trovão rugiu.
-Vai chover agora mesmo, Rick. Precisamos encontrar um abrigo!
-Sim, Val, mas onde? Na verdade, minha preocupação são estes predadores!
-Achei uma caverna! Olha lá, naquela ravina!
Outro trovão e a chuva finalmente desabou.
-Vamos para lá, então. Não encontro arvores altas por aqui!
-Mas árvores atraem raios, Rick!
-Eu sei, Val, mas pode ter certeza, se encontrarmos Deinonichus, vai ser preferível ser atingido por um raio do que por eles!
-Pois eu lhe digo que esta caverna me parece uma armadilha perfeita para os Deinonichus nos pegarem!
-Tem razão, Marina, mas se pensarmos bem, eles nem precisam de armadilhas para nos pegar. Vamos lá então!
Entraram na caverna.
-As pegadas deles estão por perto daqui, mas não dá para segui-las , pois a chuva já as desmanchou. Iiih, esperem um pouco...iiih, não gosto nada disto!
-O que foi, Rick?
-As pegadas vem daqui! Aqui é a toca deles!
-Olhe, Rick, achei cascas de ovos,  um ninho!
-Boa descoberta, Marina!
-Achei um ovo ainda intacto!
-Um ovo temporão, ainda não nasceu!
O ovo começou a tremer, e tremer, e trincar.
-Vai nascer e agora! Disse Rick.
E foi o que começou a ocorrer. Um focinho, um pedaço de casca rompido, e lá estava um sadio bebê Deinonichus, recém nascido.
Ele se virou para Rick tão logo abriu os olhos.
-Você e o pai dele agora, Rick!
-Sim, por temerário que o seja. Eu o batizo “Phobos”, Deus da Morte, meu pequeno Deinonichus.
E recebeu uma lambida carinhosa.
Haviam restos de carne  de dinossauros mortos por toda a caverna, e Rick  os usou para alimentar o bebê, que comia com voracidade.
-E agora, Rick, ele vai segui-lo por onde irmos!
-E, eu sei, Marina. Ainda mais que o alimentei agora. Acho que terei de adotá-lo como meu animal de estimação a partir de agora , ainda que a contragosto!
-Mas os outros deve chegar logo, Rick, o que vamos fazer?
-Calma, Valéria. Ele será nosso salvo conduto para fora daqui. Agradem o Phobos, deixemos que ele brinque conosco, nós ficaremos com o cheiro dele, e eles nos reconhecerão como Deinonichus. Mas não o deixem mordê-las: nos velhos tempos da Fundação, já tivemos raptores como  animais de estimação, e quando um dos filhotes mordeu uma funcionária, alias minha velha amiga Linda Blondie, eles gostaram do sabor da carne humana e os filhotes em peso saltaram em cima dela e a devoraram viva !
-Meus Deus! E o senhor não tem medo de ter uma fera destas de estimação?
-Sim, mas uma vez que se estabeleceu um laço, só meu sangue e minha carne  desatarão este laço. Precisarei me cuidar, mas ate lá, terei um amigo fiel  e muito inteligente.
Ouviram-se ruídos e rosnados ao longe. A chuva agora estava parando.
-O bando chegou! Fiquem ao meu lado. Não corram, não mostrem medo, sigam meus atos, e teremos talvez uma chance de sairmos vivos daqui!
-Talvez? Isto não e muito animador!
-Pode ser, Marina, mas talvez ainda nos áa uma possibilidade de vida, pois o encontro com eles já e inevitável. Agora, silêncio, e imobilidade. Só façam o que eu fizer, e fiquemos todos juntos, e Phobos provavelmente nos salvara, eles já estão quase na entrada da caverna.
De fato, o bando de dezesseis Deinonichus chegou, muitos deles ainda com pedaços de Camptossauros   e Tenontossauros na boca, todos eles com sangue fresco ainda respingando de seus dentes e garras enormes.
O maior deles, que ia a frente do bando, parou logo na entrada, e cheirou o ar. A caverna estava bastante escura, mas os olhos deles eram muito bons para enxergar na escuridão.
Aproximaram-se barulhentamente. O chefe do bando parou em frente a Rick, olhou-o nos olhos e cheirou-o.
Phobos então se interpôs e começou a rosnar  e ronronar. O chefe se abaixou, cheirou-o e ronronou para ele. Gritou, e colocou  suas garras dianteiras em riste.
Phobos novamente intercedeu, e  rosnou e gritou.
O bando agora estava agitado e nervoso. Cercaram os quatro, estavam prontos para atacar!
O chefe cheirava Phobos e cheirava Rick e suas alunas e cheirava Phobos novamente, parecia perplexo. Então, decidiu-se. Colocou os demais raptores em um corredor duplo, e Phobos passou entre as duas colunas, e Rick e as meninas junto com o filhote.
Era assustador ver aquelas duas colunas de garras e dentes afiadíssimos rosnando e gritando ameaçadoramente para eles, mas conseguiram finalmente saírem vivos da caverna, e continuarem caminho a salvo.
Todos suspiraram de alivio!

(Por continuar)

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