Enquanto isto, Didier, Pierce e
Crystal observavam os necrófagos se
refastelando nos cadáveres dos gigantes mortos. Calados, anotaram tudo o que
viram, e quando os Coelophisis e Syntharsus debandaram, continuaram em seu
caminho.
-Hei, esperem!
-O que foi, Crys?
-Pegadas de estegossauro. Veja,
Pierce, não me parecem pegadas de um dinossauro saudável!
-Você tem razão, Crys. São
vacilantes, e parecem meio arrastadas. Mas são frescas, ele deve estar por
aqui.
-Um só estegossauro também e
suspeito, eles andam sempre em bandos!
-Acertou , Did. E olhe ele lá na
frente!
O estegossauro estava caído no
chão, inconsciente.
-Vamos dar uma olhada. Nossa, ele
esta com febre, e bem alta!
Declarou Crys.
-Sim, e não e só isto, observe a
garganta dele, está muito inflamada!
-E tem mais, Crys, ele tem sinais
de inanição, está muito magro, olhos vidrados...
-Parece febre carnossauriana, não,
Pierce?
-E, mas aquela só ocorre em
dinossauros carnívoros, não em herbívoros com este!
-Então e uma nova infecção que
atinge os herbívoros agora!
-Pois é, Did, mas o meu medo, a
minha desconfiança, seja de que atinja todos os dinossauros. Vamos retirar
amostras de tecido e sangue para examinarmos no laboratório. Disse Crys.
Colheram então generosas amostras.
Continuaram caminhando pela
floresta, quando desabou um temporal.
-Precisamos nos abrigar!
-Não diga, Did! É mesmo?
-Não e hora de brigar com o Did,
Crys, eu conheço este lugar, estamos próximos da grande caverna da Floresta!
-Vamos lá, então, Pierce.
Correram para a caverna, imponente
como o próprio nome.
-Ih, será que não ha nenhum predador aí, não?
-Didier, prefere ficar gripado e
pegar uma pneumonia?
-Prefiro ficar vivo, Crys!
-Deixe de ser medroso, vamos entrar
logo!
Mas uma vez que entraram, ouviram
um urro pavoroso.
Didier abraçou Crys com forca, que
se desvencilhou dele e deu-lhe um tapa
tão violento que ele caiu sentado.
-Nunca mais me faça isto!
-Não precisa ficar histérica, Crys.
O Didier só está com medo!
O urro soou de novo.
-Seja lá o que for , está se
aproximando e está bem próximo!
-Calma, Did, seu medroso, estes
urros, se você notar bem, pelo tom, não são agressivos, são de dor.
Carnossauros quando na fase terminal de Febre carnossauriana urram assim!
Mas Crys nao teve mais tempo de
falar. Repentinamente, como que vindo do nada, surgiu um grande e vermelhissimo
Driptossauro, e mais outro, e mais outro. Rugiram outra vez, e, para a surpresa
de todos, desabaram ao chão, inconscientes, quase caindo em cima de Crys e os
rapazes.
Após se recuperarem do susto, eles
examinaram os predadores.
-Tudo parece-me levar a crer que
seja mesmo febre carnossauriana, Pierce.
-Não sei, não, Crys, olhe, os
músculos estão rígidos, olhe a dificuldade dos músculos respiratórios de
trabalhar! Isto não e característico de febre carnossauriana.
-Ei, olhem os dentes deles, estão
se soltando! Estão moles, as gengivas inflamadas!
-Isto definitivamente não é febre
carnossauriana. Você tem razão, Did, eles estão perdendo os dentes.
-A infecção também já esta
comprometendo os dentes substitutos, Crys.
-Ih, este aqui acabou de morrer. O
coração parou e ele não respira mais!
-Meu Deus, Pierce, esta doença é
grave, é gravíssima! Olha, suspeito que ela esta se espalhando para todo tipo
de dinossauro. Provavelmente deve ter se originado em dinossauros herbívoros e
os carnívoros devem ter-se infectado se alimentando da carne dos dinossauros
doentes!
-Mas Crys, a maioria dos
dinossauros que vimos ate agora eram bem saudáveis!
-Pois é, Pierce, mas a doença deve ter um período de
incubação, e pode estar no começo. Deve ser algum vírus ou bactéria. Precisamos
investigar isto logo e levar os resultados para a universidade, ou logo os
dinossauros estarão extintos de novo! Venham, me ajudem a coletar sangue e
tecido.
Depois de coletados sangue e
tecido, e terem notado a morte dos outros dois Driptossauros, aproveitaram que
a tempestade passara para voltar ao estegossauro doente, agora já quase morrendo.
-Sim, agora ele apresenta
exatamente os mesmos sintomas dos Driptossauros. E a mesma doença, que desta
vez não distingue carnívoros ou herbívoros. Vamos, não estamos longe do
laboratório da Floresta.
Seguiram seu caminho, e foi quando
deram de cara com Rick, Marina e
Valéria, e Phobos, o primeiro a
encontra-los.
-Um Deinonichus! Oh, meu Deus!
-Sheeeaaaaaahhhh! O pequenino
Phobos estava pronto para atacar Did.
-Calma, Phobos, ele é nosso amigo.
Disse Rick, abraçando aos três, e Valeria e Marina também os abraçaram.
-Caros alunos, este é Phobos, meu
Deinonichus de estimação. Ainda é um filhote, embora já seja potencialmente
mortal. Agora, gostaria de ficar a par do que aconteceu com vocês, e o que
vocês descobriram!
(Por continuar)
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