sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mini série Projeto Iguanodon-Episódio 11



Enquanto isto, Didier, Pierce e Crystal observavam os necrófagos  se refastelando nos cadáveres dos gigantes mortos. Calados, anotaram tudo o que viram, e quando os Coelophisis e Syntharsus debandaram, continuaram em seu caminho.
-Hei, esperem!
-O que foi, Crys?
-Pegadas de estegossauro. Veja, Pierce, não me parecem pegadas de um dinossauro saudável!
-Você tem razão, Crys. São vacilantes, e parecem meio arrastadas. Mas são frescas, ele deve estar por aqui.
-Um só estegossauro também e suspeito, eles andam sempre em bandos!
-Acertou , Did. E olhe ele lá na frente!
O estegossauro estava caído no chão, inconsciente.
-Vamos dar uma olhada. Nossa, ele esta com febre, e bem alta!
Declarou Crys.
-Sim, e não e só isto, observe a garganta dele, está muito inflamada!
-E tem mais, Crys, ele tem sinais de inanição, está muito magro, olhos vidrados...
-Parece febre carnossauriana, não, Pierce?
-E, mas aquela só ocorre em dinossauros carnívoros, não em herbívoros com este!
-Então e uma nova infecção que atinge os herbívoros agora!
-Pois é, Did, mas o meu medo, a minha desconfiança, seja de que atinja todos os dinossauros. Vamos retirar amostras de tecido e sangue para examinarmos no laboratório. Disse Crys.
Colheram então generosas amostras.
Continuaram caminhando pela floresta, quando desabou um temporal.
-Precisamos nos abrigar!
-Não diga, Did! É mesmo?
-Não e hora de brigar com o Did, Crys, eu conheço este lugar, estamos próximos da grande caverna da Floresta!
-Vamos lá, então, Pierce.
Correram para a caverna, imponente como o próprio nome.
-Ih,  será que não ha nenhum predador aí, não?
-Didier, prefere ficar gripado e pegar uma pneumonia?
-Prefiro ficar vivo, Crys!
-Deixe de ser medroso, vamos entrar logo!
Mas uma vez que entraram, ouviram um urro pavoroso.
Didier abraçou Crys com forca, que se desvencilhou dele e deu-lhe um tapa  tão violento que ele caiu sentado.
-Nunca mais me faça isto!
-Não precisa ficar histérica, Crys. O Didier só está com medo!
O urro soou de novo.
-Seja lá o que for , está se aproximando e está bem próximo!
-Calma, Did, seu medroso, estes urros, se você notar bem, pelo tom, não são agressivos, são de dor. Carnossauros quando na fase terminal de Febre carnossauriana urram assim!
Mas Crys nao teve mais tempo de falar. Repentinamente, como que vindo do nada, surgiu um grande e vermelhissimo Driptossauro, e mais outro, e mais outro. Rugiram outra vez, e, para a surpresa de todos, desabaram ao chão, inconscientes, quase caindo em cima de Crys e os rapazes.
Após se recuperarem do susto, eles examinaram os predadores.
-Tudo parece-me levar a crer que seja mesmo febre carnossauriana, Pierce.
-Não sei, não, Crys, olhe, os músculos estão rígidos, olhe a dificuldade dos músculos respiratórios de trabalhar! Isto não e característico de febre carnossauriana.
-Ei, olhem os dentes deles, estão se soltando! Estão moles, as gengivas inflamadas!
-Isto definitivamente não é febre carnossauriana. Você tem razão, Did, eles estão perdendo os dentes.
-A infecção também já esta comprometendo os dentes substitutos, Crys.
-Ih, este aqui acabou de morrer. O coração parou e ele não respira mais!
-Meu Deus, Pierce, esta doença é grave, é gravíssima! Olha, suspeito que ela esta se espalhando para todo tipo de dinossauro. Provavelmente deve ter se originado em dinossauros herbívoros e os carnívoros devem ter-se infectado se alimentando da carne dos dinossauros doentes!
-Mas Crys, a maioria dos dinossauros que vimos ate agora eram bem saudáveis!
-Pois é,  Pierce, mas a doença deve ter um período de incubação, e pode estar no começo. Deve ser algum vírus ou bactéria. Precisamos investigar isto logo e levar os resultados para a universidade, ou logo os dinossauros estarão extintos de novo! Venham, me ajudem a coletar sangue e tecido.
Depois de coletados sangue e tecido, e terem notado a morte dos outros dois Driptossauros, aproveitaram que a tempestade passara para voltar ao estegossauro doente, agora já  quase morrendo.
-Sim, agora ele apresenta exatamente os mesmos sintomas dos Driptossauros. E a mesma doença, que desta vez não distingue carnívoros ou herbívoros. Vamos, não estamos longe do laboratório  da Floresta.
Seguiram seu caminho, e foi quando deram de cara com Rick, Marina e
Valéria, e Phobos, o primeiro a encontra-los.
-Um Deinonichus! Oh, meu Deus!
-Sheeeaaaaaahhhh! O pequenino Phobos estava pronto para atacar Did.
-Calma, Phobos, ele é nosso amigo. Disse Rick, abraçando aos três, e Valeria e Marina também os abraçaram.
-Caros alunos, este é Phobos, meu Deinonichus de estimação. Ainda é um filhote, embora já seja potencialmente mortal. Agora, gostaria de ficar a par do que aconteceu com vocês, e o que vocês descobriram!

(Por continuar)

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