-Você,
merece,filha, obrigado, eu também te adoro ,você merece !Disse o pai
dela,enquanto alisava a barba preta.
-Huuum, pai,
este bolo está uma delícia !Agora,quando que o senhor vai tirar esta barba, o
senhor já usa óculos, que eu já não gosto, e ainda por cima esta barba...
-Ah, filha,vamos
fazer o seguinte: depois do Natal eu tiro ,ok?Afinal ,barba combina com o
Natal, o Papai Noel não é barbudo?
-É, mas a do
Papai Noel é branca e ele é velho, seu bobo,o senhor não é velho !
-Ih, é verdade,
agora você me pegou !
E os dois riram
à vontade!
Então o tempo
passou e o dia da véspera de Natal finalmente
estava chegando!
Na noite do dia
anterior à véspera de Natal, Pururin aproveitou que estava sozinho no quarto, e
desenhou um círculo mágico no chão do quarto, e começou a fazer uma mágica
poderosa e secreta.
Por fim o grande
dia chegou.
O pai de Laís
arrumava a decoração de Natal, enquanto a menina colocava o tender para assar,
e preparava o arroz, a farofa doce...
A medida
que aproximava a hora da festa,a menina
ficava mais triste, lembrando da mãe.
O pai também,
pois amava a esposa e nunca se conformara com o desaparecimento dela depois de
um acidente de ônibus, em que ela estava vindo de uma visita aos pais dela,na época
muito doentes,no hospital, para vir
passar o Natal com a família.
Ele tinha fé de
que ela não tinha morrido, pois ninguém a encontrou perto do ônibus.
Poucas horas
depois era a hora da ceia.Eram apenas os dois,pai e filha daquela vez, pois o
restante da parentada estava toda viajando.
Ninguém estava
sendo esperado naquela noite estrelada.
-A ceia está na
mesa, pai, vem jantar!
Ele veio e se
sentou na mesa.Os dois olharam para a terceira cadeira da sala, vazia...
Nunca se
sentiram tão sozinhos, parecia ser então o Natal mais vazio e triste da vida
deles!
Foi quando a
campainha tocou.
Laís sorriu de
repente, e ,cheia de esperança, lembrando da promessa de Pururin,correu para a
porta para atender.
Quando a porta
se abriu...
Era a Ju !
-Oi, La, eu não
podia deixar você sozinha hoje! Oi, seu Adriano, como vai o senhor?
O pai de Laís
acenou para ela e disse:
-Vamos, entra,Ju
!Que bom que você veio, a gente estava mesmo triste com tão pouca gente!
Ju entrou e
abraçou a amiga, sussurrando em seu ouvido:
-Força, minha
amiga, tenha esperança...
-Obrigada, Ju,
você é a minha melhor amiga !Só você mesma para me dar esta força!
E elas se
sentaram a mesa para jantar.
Laís olhou para
trás, para Pururin, colocado sentadinho debaixo da Árvore de Natal.Uma lágrima
caiu do olho da menina, e em resposta, o ursinho piscou para ela.Foi quando a
estrela dourada no alto da Árvore de Natal brilhou!
Dali há pouco, a
campainha toca outra vez.
Laís foi
correndo atender.Abriu a porta devagarinho, torcendo, torcendo...
-Surpreeesaaa!
-Aahn!Eu não não
acredito! Mas...mas...mas é...a...a...a Mamãe!
Mãe e filha se
abraçaram comovidas!
Adriano, ao ver
a esposa de volta, ficou tão surpreso que quase desmaiou !Logo foi abraçar as
duas!
-Estou de volta,
meu anjinho, desculpe a demora, me perdoa por favor...eu te amo, filhinha,
fiquei o tempo todo pensando em você!
Disse a mãe,
baixinho para a filha.
-Mamãe, mamãe...
As palavras não
saíam e Laís não podia estar mais feliz!Só o que conseguiu dizer foi:
-Eu também te
amo, mamãe!
-Seja bem vinda,
meu amor,que bom que você está de volta, eu estava com tantas saudades, eu
pensei que você, você tivesse...
Disse o pai para
a mãe.
-Ah, amor,
acontece que um velhinho, um senhor muito bondoso me salvou e me trouxe até
aqui. Aliás, ele já está chegando !
E piscou o olho
para Pururin, que piscou de volta para
ela.
-Quem era ele,
mãe?Perguntou curiosa a menina, enquanto eles entravam na sala e se acomodavam
na mesa.
Foi quando a
campainha tocou mais uma vez, e uma vez mais Pururin piscou o olho para Laís e
a estrela da Árvore de Natal brilhou.Quem seria agora?
Quando a menina
abriu a porta...
-Mas é o
velhinho da loja !Disse Laís.
-Olá, garotinha,
que bom que você está feliz agora !
Disse o
velhinho.
-Qual velhinho
da loja, filha?
-Aquele que me
vendeu o ursinho, pai, lembra?
-Ah, é mesmo
!Entra, entra,venha conosco,puxe uma cadeira!
-Ele que me
salvou.Vocês não tem nem idéia de quem ele é...
Disse a mãe da
Laís, entre risinhos.
-Quem?Quem é
você?
Laís agora
estava super curiosa para saber quem era afinal aquele velhinho misterioso !
Então a estrela
da Árvore de Natal brilhou muito mais forte e inundou a sala de luz e por um
breve momento, ninguém conseguiu enxergar nada.
-Sou eu mesmo!Papai
Noel !
-Papai Noel?
Disseram as duas
meninas espantadas, boquiabertas,e depois correram para ele e pularam para os
ombros dele.
-É isto mesmo,
crianças!E Pururin é o anjo da guarda da minha pequena Laís, que mandei para
protegê -la e fazê -la feliz !Vem Pururin,deixe eles te verem agora!
E Pururin se
levantou e veio abraçar as meninas também. Adriano estava embasbacado, mal
podendo acreditar,e sua mulher ria-se da cara dele a vontade!
-Vamos todos
sentar à mesa e celebrar, hoje é um dia muito especial, e Papai Noel é nosso
convidado muito especial!
Disse a mãe de
Laís,toda sorridente.
Laís abraçou o
ursinho com carinho:
-Obrigada,
Pururin, muito obrigada, eu nunca, te juro que nunca vou me esquecer tudo o que
você fez por mim! Você é o meu melhor amigo !
Ela chorava de
alegria e o ursinho também.
Aquele foi o
Natal mais feliz da vida dela, aquele Natal inesquecível que toda criança quer,
e sonha, e foi só a primeira de muitas aventuras que Laís e seu ursinho mágico
Pururin viveriam juntos, e juntos foram felizes para sempre!
Fim !
Cristiano Camargo
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