sábado, 13 de dezembro de 2014

Vanglorius-Episódio 59



Os caças investiram em massa contra as naves grandes e as poucas Canhoneiras Troglons que ainda restavam,mas houve grande sangria:estas eram muito blindadas e defendidas,e agora só restavam,após quinze minutos de combate,cerca de mil duzentos e cinqüenta caças,sendo obrigados a pedir reforços:Logo chegariam mais dez Fragatas e dez mil Caças,e a batalha estava estressantemente árdua.
Em Liptériah,os Revoltosos avançavam.Mas a chegada de carretas gigantes com canhões lazer de dez metros de calibre revertia a situação dos Troglons:apenas dez delas destruíram quatrocentos tanques e mataram meio milhão de homens!
O exército de Vanglorius estava ameaçado:tinha sido reduzido a metade.Em caráter de emergência,quinhentas naves de ataque ao solo decolaram de Reptériah,destruindo nove das dez carretas antes existentes ao custo assombroso de todas as naves atacantes destruídas!
-Vanglorius,responda!
-Sim,Plushaimer!Vanglorius falando!
-Perdemos todas as naves de ataque!Só resta uma carreta,precisa destruí-la,ou não nos restará exército!
-Deixe comigo!Eu cuido disto!
Vanglorius foi rompendo as linhas inimigas matando soldados às dúzias para isso,até chegar ao gigantesco caminhão de vinte metros de altura,duzentas rodas,e trezentos metros de comprimento,transportando o enorme canhão lazer de reparo quádruplo com dez metros de diâmetro cada cano,cada qual capaz de fazer uma cratera de um quilômetro de diâmetro com um alcance de tiro máximo de cem quilômetros -um monstro!Porém estas formidáveis armas,muito blindadas,tinham um ponto fraco:embora a cadência de tiros fosse muito rápida (seiscentos tiros por minuto),a torre do canhão era lenta em seus movimentos,e tinha um intervalo de um minuto entre cada rajada.A velocidade e agilidade de Vanglorius eram imprescindíveis para uma vitória,e ele aproveitou-se disto.Teve uma idéia brilhante:usou uma bazuca de anti-matéria,cavando um túnel direto para baixo do caminhão,guiando-se pela vibração que este transmitia ao solo.O movimento do caminhão também era bastante lento,e saiu bem debaixo dele.Usou sua corda com gancho,depois de escavar um apoio para ela,subiu pela corda,sacou sua espada,colocou-a no modo giratório e escavou o aço plástico e a blindagem cerâmica multicamadal do casco da carreta.Entrou na torre de tiro,e matou o artilheiro.Matou também já na cabine,o piloto e o co-piloto.Então fez a festa:atirou nos Troglons,com efeitos devastadores.Agora já não era mais trezentos milhões contra um e meio milhão:eram 
Cento e cinqüenta milhões contra quinhentos e cinqüenta mil!

No espaço,as coisas já estavam melhores:os reforços já tinham chegado,e todos os cinco Destróieres Troglons tinham sido abatidos,batalha que custou o abate de seis mil Caças e quase todas as canhoneiras revoltosas,mas mais reforços vinham.Os Troglons já usavam tudo o que tinham,e não podiam chamar reforços.Depois de três horas de combate,apenas dois Cruzadores e quatro Fragatas Troglons restaram,e bateram em retirada.Com isto,vitoriosas,as naves revoltosas puderam ir ajudar o Exército revoltoso e quando chegaram ao campo de batalha e cercaram o Exército Troglon, estes, diante de um poder de fogo tão superior logo se renderam incondicionalmente.Temitrior tinha acabado de perder duzentos e setenta e oito milhões de soldados e uma Frota planetária inteira.Videofonou para o Palácio Imperial em Troglos,e pediu para ser teletransportado.Seu pedido foi negado.Desesperado,refugiou-se no Palácio Real,e escondeu-se nos calabouços.Mas os Revoltosos já tinham dominado a cidade.Temitrior tinha de se render ou ser morto.Nenhum Troglons procurou ajudá-lo `a fugir.A cidade estava cercada e sitiada.
-Só falta o Palácio para a nossa vitória,Vanglorius!
-Bem o sei,Belsara.Onde está aquele verme do Temitrior?
-Encurralado no palácio.Os Troglons o transformaram numa fortaleza capaz de resistir até aos canhões lazer de calibre espacial!
-Veremos,Plushaimer,veremos!Vou buscar aquele covarde!
Uma enorme projeção holográfica foi gerada do palácio:uma transmissão de Temitrior!
-Vanglorius!Seu heróizinho estúpido!Ganhou a batalha,mas jamais me capturará!Esta fortaleza me protege,e tenho mantimentos para viver a vida inteira aqui,se necessário!Está frustradinho?Oh,que peninha!Nunca se livrará de mim!Está ouvindo?Pena que tenha tanto músculo e tão pouco cérebro!Estou usando a coroa de seus pais,sabia?Ah,aliás vou lhe contar algo que não vai gostar muito:fui eu que matei seu pai pessoalmente,sabia?Pelas minhas próprias mãos...ah,mas ele sofreu tanto!Foi um prazer torturá-lo por uma semana,incessantemente,mas eu gostei tanto!E tem mais:eu sei exatamente onde sua mãe está presa;mas que pena,não vou revelar!Ahahahahahah!

 -Aquele verme maldito,aquela besta!Eu mato,eu esfolo,eu esgano,eu,eu,eu,eu....
.Urrou Vanglorius verdadeiramente furioso,babando,vendo tudo vermelho,espumando de raiva incontida,que explodiu:Correu até o palácio,de Espada em punho,com a lâmina girando velozmente.O que se viu então foi de cair o queixo:

Os golpes violentíssimos da espada foram destroçando os muros.Os tiros de lazer da espada em rajadas contínuas em conjunto com os golpes os destruíram,e foram demolindo os pilares principais do prédio,que desabavam por toda a parte,sistematicamente,fazendo a edificação entrar em colapso e ruir,e os urros raivosos de Vanglorius ecoavam pelos escombros.O Palácio todo veio abaixo!
A blindagem do porão se desvaneceu.Vanglorius saltou lá dentro,destruindo tudo o que viu pela frente.Ele e Temitrior estavam frente a frente.
-Finalmente é chegada a hora de me enfrentar,Temitrior!Pagará muito caro por tudo o que fez!
Temitrior,trêmulo,sacou sua espada.
Mas a Espada Sagrada de Zukkor voou sobre ele,sibilante,arrancando-lhe um dos braços,deixando-o desarmado.O vilão urrou de dor!
-Não preciso de espada para lhe matar!.Rugiu trovejantemente Vanglorius,insano!
 Soco!
 Costelas partidas, um dos pulmões perfurados e o punho saiu do outro lado,partindo a omoplata do Troglon em pedacinhos.O vilão vomitou sangue e uma nuvem vermelha o envolveu!
O Herói sacou-se do corpo com um sacão tão violento que o impacto de Temitrior conta a parede a fez desabar.Já estava grogue.Vanglorius o arrancou dos entulhos e com as mãos arrancou cada músculo do outro braço,depois arrancou-lhe as clavículas,e as costelas que ainda restavam,uma a uma,vagarosamente,ouvindo os berros de dor do Troglon agonizante.Arrancou-lhe o estômago,e espremeu seus intestinos,arrancando-os aos poucos.Esmigalhou-lhe o fígado,desfez-lhe toda a ossatura do tórax que ainda restava.Em suas mãos,o coração do inimigo ainda pulsava.Comprimiu-o bem devagar,até ele explodir.Ele nem tinha percebido ainda,mas Temitrior já estava morto fazia tempo!
Mas Vanglorius estava cego pelo ódio,e esmagou com suas próprias mãos o crânio de Temitrior,constritando-a pelas têmporas,que trincaram,os olhos saltaram,cada dente saltou,a mandíbula se partiu,o cérebro explodiu,saindo-lhe pela boca,ouvidos e nariz,espumoso.Quando os amigos de Vanglorius chegaram,Temitrior era apenas uma massa de sangue,pele,e ossos,verdadeira sopa Troglon deformada.Belsara o acalmou,e Vanglorius subiu ao monte de entulhos mais alto,sacou a Espada,e atirou um tiro de lazer para o alto.
-Vitória !
O Herói bradou!
O povo irrompeu em delírio,estourando para o céu bombas pirotécnicas multicoloridas,aplaudindo,explodindo em alegria.Tinha custado a vida de mais de um milhão de Lipterianos,esta vitória,mas os quatrocentos mil soldados restantes e as seiscentas mil mulheres e crianças choravam de alegria!
A cidade tinha antes da Batalha dois milhões e cem mil habitantes.Menos da metade da população citadina tinha sobrevivido.Mas havia valido à pena.Eram vitoriosos e foram libertos.Na noite do mesmo dia,com Zukkor alto e completo no céu,Belsara beijou Vanglorius com paixão ardente,e tiveram uma noite tão excitante que jamais se esqueceram.Estava nascendo naquela noite o futuro filho biológico de Vanglorius!
No dia seguinte,caminhando pelos escombros da cidade,Vanglorius viu no final da rua,alguém que conhecia e que jamais tinha-se esquecido,de braços abertos:uma senhora aparentando sessenta anos de idade,bonita,elegante,com um sorriso franco estampado no rosto.
-Ma...Mãe! É a senhora?
O rosto do herói estava torto e distorcido pela comoção!
Ela não disse nada.Nem precisava.Seu olhar e seu sorriso já diziam tudo!
Mãe e filho se abraçaram,num reencontro tocante.Ninguém viu,mas naquele dia,pela primeira vez em sua vida,o grande guerreiro,o Herói libertador,todo poderoso Vanglorius,chorou...As lágrimas grossas vertiam de seus olhos numa torrente exasperada!
-Meu filho!Um gigante...mas ainda uma criança!
Vanglorius ouviu o que sua mãe tinha dito,mas não conseguia responder...

(Por continuar)

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