domingo, 30 de novembro de 2014

Mini série:Ursinho Mágico Pururin-Episódio 2



E abraçou o rosto da menina , dando-lhe um beijo no rosto.
-Ai, você me melecou de chocolate !
-É mesmo! Olha só o rosto dela ! E Pururin riu-se com gosto.
-Seu bobo! Meu nome é Laís! Disse, também rindo, a menina, apertando o ursinho contra o peito.
-Nossa, como você é forte, Laís! Esta quase me esmagando!
Disse Pururin, com os olhos saltados para fora.
-Ah, desculpe ...foi sem querer....
Pururin fez mil caretas engraçadas e imitou o que a menina disse de um jeito bem engraçado. Os dois caíram na risada!
Passaram o resto da noite fazendo palhaçadas um para o outro. Quando já estava quase  na hora de acordar, Pururin disse a ela:
-Olha, por causa da magia eu só posso me mexer e falar quando não tiver ninguém olhando por perto, então, sempre que você não estiver sozinha comigo, eu terei de ficar como se fosse um ursinho qualquer, ok?
-Está bom, Pururin, combinado !Agora se vira de costas para mim e fecha os olhos que eu vou me trocar. Quando eu disser que pode , você pode se virar, entendeu?
-Entendi sim.
Laís  se trocou, e resolveu que iria levar o ursinho na escola. Colocou Pururin dentro da  mochila. pegou sua bicicleta e já ia sair, quando ouviu uma voz:
-Onde pensa que você vai, mocinha?
-Pai! Eu estava indo para a escola!
-Ah, sei, sem tomar café da manhã, toda despenteada ...de jeito nenhum !Largue esta bicicleta aí, vá tomar café da manhã, depois você se arruma  direito e vai !
-Ah, paieeeê, mas eu estou atrasada!
-Quem mandou você dormir até tarde e perder a hora, filha?Não tem paieeê, não, vai já tomar café da manhã, porque eu não fiquei um tempão preparando deliciosas panquecas com sorvete para você à toa !
-Panquecas com sorvete? Eeeebaaaa! O senhor é o melhor pai do mundo, sabia?
E Laís deu um beijinho no rosto do pai e foi correndo comer as panquecas.
Enquanto estava comendo, ouviu o ronco do estômago do Pururin, na mochila ao lado.
O ursinho saiu da sacola, com cara de cachorro que pede comida.
-Tó! Disse a menina, enfiando o garfo com um pedaço de panqueca na boca de Pururin, que quase mordeu a mão dela de tanta fome !
E ela comendo e ele pedindo ,e ela comendo e ele pedindo, até que ela perdeu a paciência:
-Nossa, Pururin, você é um saco sem fundo !Nunca comeu na vida não?
Da escada perto da cozinha o pai dela gritou:
-Filha, você está falando com alguém?
-Não, papai, é só meu amigo invisível !
-Sei, sei ...ainda está com esta mania? Pelo amor de Deus!
Laís sussurrou:
-Se esconde, se esconde, papai está chegando, ele não pode te ver,depressa!
Pururin entrou  dentro da mochila correndo.
Logo o pai dela desceu as  escadas correndo, dizendo:
-Já terminou, filha? Você está atrasada para a escola e eu estou atrasado para o trabalho !
Mas, o inesperado aconteceu: o pai dela, quando começou a descer a escada correndo, não notou que não tinha amarrado os sapatos, tropeçou  e agora estava caindo !
-Papaaaai !
Gritou Laís, levantando correndo da cadeira e indo para a escada.
-Flutua! Disse Pururin, saindo da mochila, apontando o dedo para o pai da menina.
Laís estava espantada! Agora ela realmente acreditava que aquele ursinho era mágico mesmo, era realmente muito especial!
O pai dela agora flutuava e desceu devagarinho para o chão, são e salvo!
A menina abraçou o pai com lágrimas nos olhos.
-Filha, o que aconteceu? Eu achei que fosse cair !
Laís agora não tinha saída. Tinha de contar.
-Foi o Pururin, papai. Ele que te salvou !
Mas o pai dela não acreditou e fez uma cara de  desconfiado:
-Ah, filhinha, você não esta acreditando no que o velhinho da loja disse, não é? Vendedores falam qualquer coisa...
-Mas é verdade, pai!Foi o Pururin!
Laís já estava quase chorando.
O pai dela olhou para o ursinho, caído ao pé da escada, parado, como um brinquedo largado.
-Está bom, filha, depois a gente conversa sobre tudo isto ,ok? Agora tenho de ir trabalhar.
E você, vá se pentear, guarde este ursinho e vá para a escola, fui claro?
Disse o pai dela enquanto amarrava os sapatos e se levantava do chão.
-Sim, papai...
A menina foi levantada do chão por mãos fortes e recostou a cabecinha no ombro do pai, ainda de olhos úmidos.

(Por continuar)

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