sábado, 30 de agosto de 2014

Conto: Cyborg Commando -Parte 2



Parte 2

-Oi, meninas!
-Quem e’ você? Foi logo perguntando Naja.
-Meu nome e’ Cyrus. Sou um dos guardas florestais que as salvou do urso aquele dia. Na verdade, fui eu quem o matou.
-Ora, venha, guarda, sente-se conosco , então. Olha, meu nome é Perenna.
Todas as outras se apresentaram.
-Puxa, eu pensei que vocês iam morrer !
-Pois é, Cyrus, foi quase, mesmo. Mas a moderna tecnologia de hoje em dia, sabe como é, não é?
-Graças à ela estão vivas. Ainda bem, Milla.
-E você, o que aconteceu depois, Cyrus?
-Ah, Suzy, eu fui promovido, e ganhei uns dias de férias também. Por isto pude vir visita-las hoje. Olha, eu fico até um pouco encabulado, mas eu queria dizer que acho todas vocês realmente lindas!
-Não seja modesto, Cyrus! Voce é que e’ bem bonitão, sabia? Disse Naja.
Cyrus corou.
-Ih, olha lá, meninas! Ele é tímido!
 -Deixa ele, Naja! Eu também sou tímida, e daí?
-Olha, irmãzinha querida, você ainda tem muito o que aprender sobre os homens, viu? Pode deixar que eu vou te ensinar tudinho!
Todas riram muito, mas Cyrus, depois de ficar ainda mais encabulado, acabou por descontrair- se.
-Bom, gente, é hora de voltar para casa.
-Já, Cyrus? Sua mulher está te esperando? Ou será sua namorada?
-Naja! Para com isto, é a vida particular dele, mas que atrevida!
-Calma, Perenna! Não tem nada de mais perguntar estas coisas!
-Além de atrevida é oferecida, também! Respondeu Perenna.
-Gente, muito obrigado, foi ótimo ter a companhia de vocês. Olha, Naja, eu fico até meio envergonhado, mas não sou casado, nem tenho namorada, não. Mas fico feliz por ter quatro novas amigas como vocês! Até um dia! A gente se vê!
-Espere, Cyrus. Nós é que temos de lhe agradecer por ter nos salvo nossas vidas. Muito obrigada! Disse Perenna, dando –lhe um beijinho no rosto.
Milla e Suzy também agradeceram e também se despediram com um beijinho tímido no rosto. Mas este não era o estilo de Naja, e uma sombra se projetou para cima do guarda florestal, que era uns dez centímetros mais baixo do que ela, e a atrevida garota se jogou para cima dele, o abraçou forte, e o beijou na boca sôfregamente, de língua, e colocou as mãos dele nas nádegas dela, até ele perder o fôlego!
Extasiado, ele saiu completamente zonzo e maravilhado com o beijo doce e quente que Naja lhe deu. Bateu a cabeça na porta e foi embora. Não conseguiu falar nada.
-Geeente! Eu estou apaixonada! Viram como ele e’ lindo?
-É, nos notamos, Naja. Também, com um beijo de saca rolhas destes, ele agora deve estar perdidamente apaixonado por você! E na frente de todo mundo! O refeitório inteiro ficou olhando, e continuam olhando para a gente até agora! Ai, que vergonha!
-É, Naja, a Perenna tem razão. Agora todos os meninos do colégio vão ficar atrás de você achando que você, além de oferecida, é fácil!
-Nada disto, Milla. Eles que venham, pois eu darei uma bela surra neles! No meu coração só tem lugar para o Cyrus!-
-Mas ele é um guarda florestal, Naja! Um pobretão! Papai nunca vai aprovar um namoro destes!
-Dou uma surra no papai também, ora essa! Não me interessa que ele não seja do nosso nível, ou classe social. Ele é lindo e eu quero ele para mim, Suzy!
Suzy e as demais balançaram as cabeças, em desaprovação.
Assim o resto do dia transcorreu tranquilo para elas.
Enquanto isto, Perenna, Suzy, Naja e Mille divertiam- se reunidas em uma sorveteria, e conversavam:
-       Naja, você é uma exagerada! Para que tanto sorvete? Você não vai aguentar tudo isto!
-       Deixe de ser chata, Perenna! Olha, eu vou pedir outra cuba libre, quer também?
-       Não! Você já tomou quatro! Vai acabar bêbada deste jeito!
-       Ihh, como você é conservadora. E você, Suzy?
-       Você sabe que eu não bebo, Naja! Mas, acho que a Perenna está exagerando, você tem uma resistência muito grande à bebida!
-       É isto aí, irmãzinha querida! E Naja abraçou Suzy com força.
-       Nossa, como vocês são agarradas, não?
-       Milla, você tem toda razão. Olha, alguém ainda pode desconfiar de vocês duas, viu?
-       -Não seja maldosa, Perenna! Você sabe que nós gostamos de homens, não somos lésbicas, se é o que você está pensando!
-       Esperem! Estão ouvindo? Pneus cantando, um carro em alta velocidade! A polícia está atrás dele. Chegará aqui em um minuto e quinze segundos! Disse Perenna, alarmada.
Do outro lado da avenida, um garotinho de cinco anos desgarrou – se da mão da mãe, e atravessou a rua correndo sem olhar, louco para tomar sorvete.
-Oh! Aquele menino! Vai ser atropelado! O carro e a polícia estão quase chegando ! Vou socorrê –lo!
-Não, Suzy, é perigoso! Você pode se machucar!
-Você está brincando, Milla? Eu vou!
Suzy saiu correndo, e os carros vinham `a alta velocidade, buzinando feito loucos.
O carro de polícia, ao ver o que estava acontecendo, deu um cavalinho de pau desesperado!
A mãe, do outro lado da rua, gritou em desespero:
-Meu filhooooo!
-RRRRRRRRRRRRRRRR!
Ouviu-se uma tremenda brecada, e a mãe tampou o rosto, aos prantos.
Suzy saltou e pegou o menino, saltou por cima do capo do carro e caiu em pé do outro lado da rua.
-Senhora, pode olhar. Aqui está seu filho. São e salvo.
A mãe, abraçou o filho em desespero, chorando, e agradeceu à Suzy.
Os policiais saíram do carro e deram voz de prisão ao motorista e seu acompanhante, que reagiram, e acertaram a ambos os policiais em cheio com quatro tiros de pistola. Os agentes da lei tombaram mortos.
Irada, Suzy gritou:
-Ei, vocês não podem fazer isto!
-Ah, não, mocinha? E quem é que vai nos impedir? Você?
-Sim, sou eu, duvida? Está a fim de encarar?
-Pare aí mesmo ou eu atiro em você! Eu não gostaria de atirar em uma menina bonitinha como você, então, entre no nosso carro e tire suas roupas que a festa vai começar! Vamos ver como são estes seus peitões, e esta maravilha que você tem entre as pernas! Não vai sobrar nada de você, garotinha!
-Você está pensando que eu sou o quê, seu canalha? Eu vou te mostrar uma coisa: um soco bem no meio da sua cara feia! Ninguém fala assim dos meus seios e vive para contar a estória!
-Escuta, moça, nós somos ladrões de banco, entendeu? Ninguém me xinga e vive para contar! Prepare- se para morrer!
-Pode atirar! Eu não tenho medo!
A mãe do menino desesperou – se:
-Moça, ele vai te matar! Fuja, fuja o quanto antes!
-Pode deixar, senhora, eu cuido disto!
Suzy avançou, e os ladrões atiraram em cheio. As balas ricochetearam nela, para espanto dos ladrões. Ela pegou um deles pelo colarinho e o levantou meio metro acima do chão.
-Balas não me atingem, seu idiota ! Tome isto !
Paft!
 O soco quebrou o nariz, a mandíbula e os dentes da frente, afundando –lhe o rosto em uma profusão de sangue.
A multidão de curiosos que se formou aplaudiu. O outro ladrão, assustado, pegou uma metralhadora no banco do carro, e apontou a arma para a mãe e o menino, trêmulos de medo.
-Largue meu colega, ou eu mato estes dois!
Ao ver isto, Perenna, Naja e Milla resolveram intervir ao invés de ficar só assistindo. Naja foi por trás, Milla juntou –se a Suzy e Perenna  caminhou em direção do segundo bandido e disse a ele:
-Largue esta metralhadora, ou você vai apanhar, cara !Eu também sou à prova de balas, e ninguém vai matar ninguém aqui, entendeu?
-Eu mato! Estou dizendo que eu mato! Saia da frente dos dois , que eu vou matá –los todos!
-Deixe de ser idiota!
Ratatatatatatatatatatatá! A metralhadora disparou, célere.
Perenna nada sofreu, e aproximou – se mais.
-Eu mato! Eu mato! O meliante gritava em desespero, ao ver seu colega desacordado no chão, ensanguentado, pois o soco lhe afetara o cérebro!
-Mata quem, seu porcaria, ladrãozinho de galinha? Você e seu colega queriam estuprar minha amiga, não é? A Perenna aqui não vai deixar!
Repentinamente, dois braços fortes seguraram os braços do bandido forçando -os para trás violentamente.
-Agora pode deixar comigo, ele não escapa mais!
-Está vendo a sua arma, bandido? Ih, acho que o cano dela entortou! Como será que eu fiz isto? Disse Milla depois de pegar a metralhadora caída no chão.
-Desgraçada! Eu vou te estuprar também! Você vai ver! Aaaai, meu braço!
-Naja, que acha de você quebrar os braços dele, heim?
Naja apertou os braços dele ainda mais para traz, fazendo – o gritar de dor, e ouviu-se o horrível estalo de ossos se partindo!
-Ah, não sei. Ele é tão fraquinho! Mas já que ele se acha garanhão das mulheres, que tal quebrar –lhe os ovos?
-Ah, é um boa idéia !Iaaaaaaaaá! O joelho de Perenna voou nos testículos do meliante com violência extremada, fazendo –os explodir em uma bola de sangue, e o ladrão soltou um urro medonho e lancinante de dor, caindo ajoelhado. Então foi a vez de Suzy, que lhe aplicou um soco no estômago tão forte que ele regurgitou sangue e desmaiou!
-Vamos embora, gente. Estes dois não são de nada!
-Tudo bem, Milla, vamos indo. Disse Perenna. Saíram sob os aplausos da multidão. Logo, carros de bombeiros e policiais chegaram. 

(por continuar)

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