Parte 2
-Oi, meninas!
-Quem e’ você? Foi logo perguntando Naja.
-Meu nome e’ Cyrus. Sou um dos guardas
florestais que as salvou do urso aquele dia. Na verdade, fui eu quem o matou.
-Ora, venha, guarda, sente-se conosco ,
então. Olha, meu nome é Perenna.
Todas as outras se apresentaram.
-Puxa, eu pensei que vocês iam morrer !
-Pois é, Cyrus, foi quase, mesmo. Mas a
moderna tecnologia de hoje em dia, sabe como é, não é?
-Graças à
ela estão vivas. Ainda bem, Milla.
-E você, o que aconteceu depois, Cyrus?
-Ah, Suzy, eu fui promovido, e ganhei uns
dias de férias também. Por isto pude vir visita-las hoje. Olha, eu fico até um
pouco encabulado, mas eu queria dizer que acho todas vocês realmente lindas!
-Não seja modesto, Cyrus! Voce é que e’ bem
bonitão, sabia? Disse Naja.
Cyrus corou.
-Ih, olha lá, meninas! Ele é tímido!
-Deixa
ele, Naja! Eu também sou tímida, e daí?
-Olha, irmãzinha querida, você ainda tem
muito o que aprender sobre os homens, viu? Pode deixar que eu vou te ensinar
tudinho!
Todas riram muito, mas Cyrus, depois de
ficar ainda mais encabulado, acabou por descontrair- se.
-Bom, gente, é hora de voltar para casa.
-Já, Cyrus? Sua mulher está te esperando?
Ou será sua namorada?
-Naja! Para com isto, é a vida particular
dele, mas que atrevida!
-Calma, Perenna! Não tem nada de mais
perguntar estas coisas!
-Além de atrevida é oferecida, também!
Respondeu Perenna.
-Gente, muito obrigado, foi ótimo ter a
companhia de vocês. Olha, Naja, eu fico até meio envergonhado, mas não sou
casado, nem tenho namorada, não. Mas fico feliz por ter quatro novas amigas
como vocês! Até um dia! A gente se vê!
-Espere, Cyrus. Nós é que temos de lhe
agradecer por ter nos salvo nossas vidas. Muito obrigada! Disse Perenna, dando
–lhe um beijinho no rosto.
Milla e Suzy também agradeceram e também se
despediram com um beijinho tímido no rosto. Mas este não era o estilo de Naja,
e uma sombra se projetou para cima do guarda florestal, que era uns dez centímetros
mais baixo do que ela, e a atrevida garota se jogou para cima dele, o abraçou
forte, e o beijou na boca sôfregamente, de língua, e colocou as mãos dele nas
nádegas dela, até ele perder o fôlego!
Extasiado, ele saiu completamente zonzo e
maravilhado com o beijo doce e quente que Naja lhe deu. Bateu a cabeça na porta
e foi embora. Não conseguiu falar nada.
-Geeente! Eu estou apaixonada! Viram como
ele e’ lindo?
-É, nos notamos, Naja. Também, com um beijo
de saca rolhas destes, ele agora deve estar perdidamente apaixonado por você! E
na frente de todo mundo! O refeitório inteiro ficou olhando, e continuam
olhando para a gente até agora! Ai, que vergonha!
-É, Naja, a Perenna tem razão. Agora todos
os meninos do colégio vão ficar atrás de você achando que você, além de
oferecida, é fácil!
-Nada disto, Milla. Eles que venham, pois
eu darei uma bela surra neles! No meu coração só tem lugar para o Cyrus!-
-Mas
ele é um guarda florestal, Naja! Um pobretão! Papai nunca vai aprovar um namoro
destes!
-Dou
uma surra no papai também, ora essa! Não me interessa que ele não seja do nosso
nível, ou classe social. Ele é lindo e eu quero ele para mim, Suzy!
Suzy e as demais balançaram as cabeças, em
desaprovação.
Assim o resto do dia transcorreu tranquilo
para elas.
Enquanto isto, Perenna, Suzy, Naja e Mille
divertiam- se reunidas em uma sorveteria, e conversavam:
- Naja,
você é uma exagerada! Para que tanto sorvete? Você não vai aguentar tudo isto!
- Deixe
de ser chata, Perenna! Olha, eu vou pedir outra cuba libre, quer também?
- Não!
Você já tomou quatro! Vai acabar bêbada deste jeito!
- Ihh,
como você é conservadora. E você, Suzy?
- Você
sabe que eu não bebo, Naja! Mas, acho que a Perenna está exagerando, você tem
uma resistência muito grande à bebida!
- É
isto aí, irmãzinha querida! E Naja abraçou Suzy com força.
- Nossa,
como vocês são agarradas, não?
- Milla,
você tem toda razão. Olha, alguém ainda pode desconfiar de vocês duas, viu?
- -Não
seja maldosa, Perenna! Você sabe que nós gostamos de homens, não somos
lésbicas, se é o que você está pensando!
- Esperem!
Estão ouvindo? Pneus cantando, um carro em alta velocidade! A polícia está atrás
dele. Chegará aqui em um minuto e quinze segundos! Disse Perenna, alarmada.
Do outro lado da avenida, um garotinho de
cinco anos desgarrou – se da mão da mãe, e atravessou a rua correndo sem olhar,
louco para tomar sorvete.
-Oh! Aquele menino! Vai ser atropelado! O
carro e a polícia estão quase chegando ! Vou socorrê –lo!
-Não, Suzy, é perigoso! Você pode se
machucar!
-Você está brincando, Milla? Eu vou!
Suzy saiu correndo, e os carros vinham `a
alta velocidade, buzinando feito loucos.
O carro de polícia, ao ver o que estava
acontecendo, deu um cavalinho de pau desesperado!
A mãe, do outro lado da rua, gritou em
desespero:
-Meu filhooooo!
-RRRRRRRRRRRRRRRR!
Ouviu-se uma tremenda brecada, e a mãe
tampou o rosto, aos prantos.
Suzy saltou e pegou o menino, saltou por cima
do capo do carro e caiu em pé do outro lado da rua.
-Senhora, pode olhar. Aqui está seu filho.
São e salvo.
A mãe, abraçou o filho em desespero,
chorando, e agradeceu à Suzy.
Os policiais saíram do carro e deram voz de
prisão ao motorista e seu acompanhante, que reagiram, e acertaram a ambos os
policiais em cheio com quatro tiros de pistola. Os agentes da lei tombaram
mortos.
Irada, Suzy gritou:
-Ei, vocês não podem fazer isto!
-Ah, não, mocinha? E quem é que vai nos
impedir? Você?
-Sim, sou eu, duvida? Está a fim de
encarar?
-Pare aí mesmo ou eu atiro em você! Eu não
gostaria de atirar em uma menina bonitinha como você, então, entre no nosso
carro e tire suas roupas que a festa vai começar! Vamos ver como são estes seus
peitões, e esta maravilha que você tem entre as pernas! Não vai sobrar nada de
você, garotinha!
-Você está pensando que eu sou o quê, seu
canalha? Eu vou te mostrar uma coisa: um soco bem no meio da sua cara feia!
Ninguém fala assim dos meus seios e vive para contar a estória!
-Escuta, moça, nós somos ladrões de banco,
entendeu? Ninguém me xinga e vive para contar! Prepare- se para morrer!
-Pode atirar! Eu não tenho medo!
A mãe do menino desesperou – se:
-Moça, ele vai te matar! Fuja, fuja o
quanto antes!
-Pode deixar, senhora, eu cuido disto!
Suzy avançou, e os ladrões atiraram em
cheio. As balas ricochetearam nela, para espanto dos ladrões. Ela pegou um
deles pelo colarinho e o levantou meio metro acima do chão.
-Balas não me atingem, seu idiota ! Tome
isto !
Paft!
O
soco quebrou o nariz, a mandíbula e os dentes da frente, afundando –lhe o rosto
em uma profusão de sangue.
A multidão de curiosos que se formou
aplaudiu. O outro ladrão, assustado, pegou uma metralhadora no banco do carro,
e apontou a arma para a mãe e o menino, trêmulos de medo.
-Largue meu colega, ou eu mato estes dois!
Ao ver isto, Perenna, Naja e Milla
resolveram intervir ao invés de ficar só assistindo. Naja foi por trás, Milla
juntou –se a Suzy e Perenna caminhou em
direção do segundo bandido e disse a ele:
-Largue esta metralhadora, ou você vai
apanhar, cara !Eu também sou à prova de balas,
e ninguém vai matar ninguém aqui, entendeu?
-Eu mato! Estou dizendo que eu mato! Saia
da frente dos dois , que eu vou matá –los todos!
-Deixe de ser idiota!
Ratatatatatatatatatatatá! A metralhadora
disparou, célere.
Perenna nada sofreu, e aproximou – se mais.
-Eu mato! Eu mato! O meliante gritava em
desespero, ao ver seu colega desacordado no chão, ensanguentado, pois o soco
lhe afetara o cérebro!
-Mata quem, seu porcaria, ladrãozinho de
galinha? Você e seu colega queriam estuprar minha amiga, não é? A Perenna aqui
não vai deixar!
Repentinamente, dois braços fortes
seguraram os braços do bandido forçando -os para trás violentamente.
-Agora pode deixar comigo, ele não escapa
mais!
-Está vendo a sua arma, bandido? Ih, acho
que o cano dela entortou! Como será que eu fiz isto? Disse Milla depois de
pegar a metralhadora caída no chão.
-Desgraçada! Eu vou te estuprar também!
Você vai ver! Aaaai, meu braço!
-Naja, que acha de você quebrar os braços
dele, heim?
Naja apertou os braços dele ainda mais para
traz, fazendo – o gritar de dor, e ouviu-se o horrível estalo de ossos se partindo!
-Ah, não sei. Ele é tão fraquinho! Mas já
que ele se acha garanhão das mulheres, que tal quebrar –lhe os ovos?
-Ah, é um boa idéia !Iaaaaaaaaá! O joelho
de Perenna voou nos testículos do meliante com violência extremada, fazendo –os
explodir em uma bola de sangue, e o ladrão soltou um urro medonho e lancinante
de dor, caindo ajoelhado. Então foi a vez de Suzy, que lhe aplicou um soco no
estômago tão forte que ele regurgitou sangue e desmaiou!
-Vamos embora, gente. Estes dois não são de
nada!
-Tudo bem, Milla, vamos indo. Disse
Perenna. Saíram sob os aplausos da multidão. Logo, carros de bombeiros e
policiais chegaram.
(por continuar)
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