terça-feira, 26 de agosto de 2014

Sensibilidade de Viver -Prelúdio ETP: Episódio 34



Justo o que ela tanto temia ouvir...ela simplesmente não sabia o que dizer!
No seu íntimo, Lune gostou do beijo, especialmente da coragem que ele teve de a presentear com este gesto! Ela tentava pensar e filosofar sobre isto, mas ela era, neste momento puro instinto, os ferohormônios inundavam o sangue dela, que parece ferver, e Lune estava trêmula, aturdida. Ela tentou balbuciar alguma coisa mas a voz não saía, e nem ela mesma sabia o que tentara dizer!
Estava confusa, chocada, então veio à mente dela que ela tinha acabado de receber o primeiro beijo da vida dela!
Agora, diante desta experiência inédita, Lune estava estupefata, imóvel, paralisada, como que em pânico, mas ao mesmo tempo em que a consciência dela protestava, incapaz que era de admitir para si mesma, talvez questão de ego, uma sensação de prazer e delicia, e ao mesmo tempo de expectativa, nervosismo e ansiedade a invadiram!
Mas não houve tempo para assimilar nada daquilo, pois logo ela sentiu os lábios dele tocando os dela novamente, e mergulhando na boca dela de novo, e desta vez Lune sentiu uma das mãos dele acariciar e depois apertar as nádegas dela por baixo da roupa e da calcinha, direto em sua pele!
Embora o instinto sexual de Lune tenha apreciado este gesto, a consciência dela não pensava da mesma forma, e a reação foi rápida:
Lune o empurrou com suas mãos com força, e ela corou de vergonha, para logo em seguida uma onda de raiva percorrer corpo e mente dela e a voz dela  finalmente saiu:
-Você agora está abusando! Chega! Tarado!
A mão de Lune voou nele, num tapa sonoro, daqueles que fazem a mão doer e a marca dos dedos dela ficaram no rosto dele, que reagiu assustado!
Entretanto agora Lune estava realmente assustada e confusa, as lágrimas não paravam de cair, e ela fugiu correndo, corada, envergonhada!
Agora que ela se misturara com a multidão, podia ter tempo para pensar, já que ele ficara para trás e não mais a conseguia encontrar. Mas ela procurou sair do meio da multidão o quanto antes, pois ela não gostava de multidões. Finalmente tomou um ônibus e sentou-se na janela.
Pensativa, as cenas do seus primeiros beijos de sua vida não saíam da mente de Lune, e ela corava a cada vez que lembrava.Mas o mais  penoso mesmo era lembrar da cena de ele acariciando e apertando as nádegas dela: ao perceber que ela estava encharcada de desejo sexual só de lembrar da cena, lembrar que tinha ficado e que voltava a ficar agora tremendamente excitada sexualmente a fazia ficar vermelha da cabeça aos pés e cobrir o rosto com as mãos, chorando baixinho de vergonha!
Ela sentira que ele tivera enorme prazer em beijá-la, e sentiu a virilha dele e seu volume avantajado esfregando-se na virilha dela, e ela não conseguia mais parar de pensar nele !
O que ela sentira, ela pensava consigo mesma, era uma sensação de ter sido invadida por dentro,como se ele pudesse olhar dentro dela, e a vendo nua de corpo e alma, e ela se perguntava:-Afinal, o que é ter prazer?
No entanto, ela se lembrava de que não era só ele que a invadia, mas ela o invadira também, a língua dela estava lá, dentro da boca dele,assim como sua lascívia e desejo despejados dentro da boca dele com sofreguidão, afinal, ela correspondera ao beijo!
Desesperadamente ela tentava racionalizar seus atos, tentando justifica-los com o fato de que agira sem pensar, por simples instinto.
E ela se questionava se ela ainda era a mesma depois daquilo e se teria ou não perdido a identidade dela.
No fim, prevaleceu o pensamento de que invadir e ser invadida não fora tão ruim assim!
Só o que ela sabia é que as idéias dela estavam dispostas a mudar, mas tudo ainda era muito confuso para ela, o que não deixava de ser natural, afinal, foi a primeira experiência dela neste sentido.
Ela racionalizou que aquilo fora uma experiência de interação, afinal, ele não a beijou sozinho, ela participou e o corpo dela interagiu, corava ela agora novamente, ela queria mais agora, pois na hora ela quis ir além, quis  sexo consumado, mas se conteve a duras penas, porém as lembranças despertavam nela cada vez mais desejo, e ela agora só pensava em ter sexo com ele de uma vez, por mais que tentasse espantar estes pensamentos e visões da cabeça, eles retornavam e retornavam !
No fim, a conclusão definitiva: vinha à mente dela então que uma interação poderia ser uma troca de idéias, gestos e sensações mutua que beneficiaria a ambos, uma invasão permitida e limitada, que não visasse a uma absorção de um pelo outro, a ingestão um do outro, mas uma troca em que ambos se enriqueceriam, assim, o amor e o sexo seriam afinal, aceitáveis!
Finalmente ela desceu do ônibus em frente a um Shopping Center e lá entrou. Nem ela mesma sabia por que tinha ido parar lá, afinal, ela odiava multidões!
Mas ela tivera sorte, o Shopping estava quase deserto.
Ela ia andando pelos corredores, subindo e descendo as escadas rolantes, e via casais de namorados se beijando nos bancos, e se surpreendia suspirando fundo, e lembrando de Takeo.  Estava absolutamente insensível às lojas e seus produtos, exceto para uma, especializada em lingerie. Ela parou em frente e ficou observando uma vermelha, muito decotada, e cheia de transparências, e começo a me imaginar nela. Puro instinto.!
Lune sempre gostara de usar lingeries muito discretas, de algodão, sem nenhuma sensualidade, e praticamente sem decote algum.

(por continuar)

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