terça-feira, 19 de agosto de 2014

Poesia(terror) : Espectro



Ai dos Mortos
Que não sabem
Sua condição,
A'  larga vivem
Em comiseração


São miseráveis putrefatos
Sem qualquer arguição,
Vagam Sós
Pelo temor
De tanta imaginação

De que se alimentam
Sem satisfação
Sôfregamente o veneno
Eles compartilharão


São inertes e perenes
Como o próprio inferno arderão
Que criaram sussurrantemente
A si mesmo um vilão
Ouviram o trovejar dos cascos
Em ebulição,
E a fera ungulada
Em que cavalgarão


Indomáveis Criaturas
Que os Carregarão
Ao desértico sepulcro
Agonizando sem perdão


Sob o domínio do relincho
Cavernoso
De tanta imaginação
A tortura angustiante
Em que ferverão

Ilimitada e infinita
Em que perecerão
Galope maldito do Esqueleto
Senhor superior de todo medo
O Cavalo terrífico de órbitas de fogo
Para o qual se danarão

Escravos do Horror
Para sempre serão
Eis que o tempo , Indomável
como a fera,
Lhes será tumba e prisão ! 

FIM

Cristiano Camargo

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