-Pombas, Lune-san ! Não assim, caramba ! Não
deste jeito ! Não na frente de todo mundo, falando alto, quase gritando, com um
sorriso no rosto! Você o humilhou na frente da classe inteira !
-Só fiz o que você me pediu! Não era do jeito
que você queria ! Não estou nem aí ! Dane-se !Eu faço de qualquer jeito mesmo
!Está com dó? Leva para casa !Fique com ele então, já que você está do lado
dele, não do meu! Ou fica com ele ou fica comigo!
-Ah, é assim, Lune-san? Ok, foi você quem pediu!
A partir de agora você não é mais a minha amiga !
E Rina entrou para dentro da casa dela e bateu
a porta com força.
Mas Lune não ficou triste, não chorou, simplesmente
a ignorou e entrou em casa como se nada tivesse acontecido!
-Filha, que gritaria foi esta lá fora?
-Nada, mãe, nada não!
-Como não, filha, você está com marca de tapa
no seu rosto! Você brigou com alguém?
Disse Momiji, aflita.
-Não é da sua conta! Não se meta na minha vida.
Vou me trocar para irmos ao restaurante.
Momiji, ficou colérica:
-Escuta aqui, filha desnaturada ! Você me
respeite ! Respeite a sua mãe, entendeu? Isto são modos de falar comigo? Ei,
ei, por que está me ignorando? Venha cá !Venha aqui já !Estou mandando !
-Não enche!
Gritou Lune, acabando de subir a escada e
batendo a porta do quarto e a trancando na cara da mãe.
-Aaaai, que raiva !Kazuoooo !Abre esta porta,
abreee !
E Momiji ficou esmurrando a porta até que Kazuo
apareceu e tratou de acalmá-la.
Duas horas depois, estavam entrando todos no
Mitsubishi Diamante de Kazuo: ele dirigindo, Momiji na frente, no banco do
acompanhante, em silêncio e de cara fechada, Lune no banco de trás do lado
esquerdo, Otaru no centro e Ruri no lado direito. Mãe e filha, porém, não se
falavam.
Momiji estava emburrada, com um tremendo mau
humor, e Lune, completamente calma e tranquila, pensando em suas coisas,
olhando as luzes da cidade.
Diante do clima tenso, Kazuo procurou quebrar o
gelo:
-Vamos todos num restaurante italiano, comer
pasta, o que acham, pessoal?
-Para mim tanto faz, Pai, qualquer um serve.
Disse Lune.
-Por mim tudo bem também, Pai !
-Obrigado, Ruri! E você, Otaru?
-Obaaa !
-Agora só falta você, amor...
Momiji olhou para o marido com olhar assassino
, arreganhando os dentes e rosnando de raiva como uma loba, o que assustou
Kazuo e o fez abrir um sorriso amarelo.
-Ok, por quatro votos a um, o restaurante
italiano venceu, vamos lá !
Disse o pai de família, tratando de acelerar
para chegarem logo.
Ao entrarem no restaurante e se sentarem na
mesa, Kazuo se sentou na cabeceira, mas teve o cuidado de colocar a
constrangida e amedrontada Ruri ao lado da mãe de um lado, Otaru de frente para
a mãe e a tranquila Lune de frente
para Ruri.
Acabaram sendo pedidos um canelone para Kazuo e
Momiji, um gnocchi para Lune, já que esta era sua massa preferida, e uma
lasanha para Ruri e Otaru repartirem.Com
excessão de Momiji, que preferiu vinho, todos os outros beberam refrigerantes.
O clima continuava tenso quando a comida
chegou, e Momiji olhava para Lune com fúria, mas a filha a ignorava com se ela
nem existisse, a ponto de começar a debater filosofia com o pai como se nada
estivesse acontecendo.
Só que Momiji acabou com a garrafa de vinho
inteira e pediu outra. E olhou tão feio para Kazuo, que este resolveu parar de
conversar com Lune.
Ruri via a mãe beber daquele jeito e não via a
hora de irem embora, pois temia um tremendo escândalo no restaurante!
Kazuo também estava preocupado e tentou
levantar um brinde pelo aniversário de Lune, mas Momiji bateu a taça dela com
tanta força no copo de Lune, que quebrou a taça dela e derramou vinho na
comida, na roupa, e tinha vinho até dentro do copo agora já quebrado de Lune, que se assustou com
o barulho.
Depois da comida veio o sorvete e Momiji agora
já não falava mais coisa com coisa, e falava bobagens sem parar, tornando o ambiente
constrangedor. Chateado e assustado, Kazuo tratou de pedir a conta e pagá-la o
quanto antes e foram todos embora.
Assim que a porta de casa se fechou, Momiji
avançou para cima de Lune com seu sapato de salto alto na mão e começou a
agredi-la aos berros.
A muito custo Kazuo e Ruri conseguiram
segurá-la enquanto Lune corria para seu quarto e se trancava!
(Por continuar)
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