Eis que pois
A dor não é afável
Posto que sofrimento
Não nos parece aceitável
Aceitamos ao invés o
Prazer,
Com sua aparência inenarrável,
Nos parece prova e documento!
Mas a verdade dura como o cimento,
Que agora digo e comento,
Prazer é apenas um momento,
Traz em seu bojo,
Inseparável,
Uma dor insgotável,
Qual quimera ensandecida,
Bruxa doida varrida,
Nos consome antes e depois,
Ora, não há prazer,
Que não seja da Dor o resultado!
Queremos negar,
Ignorar,
Fechar os olhos e não olhar,
Nada nos faz aceitar,
Que a Dor,
Companheira nossa aguerrida,
Nos é Mestra e está sempre a nos ensinar,
Que encerra em si um valor,
Uma beleza,
Um ardor,
Que nos presenteia a vida com Prazer !
FIM
Cristiano Camargo
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