sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Minissérie: Gentileza de Viver- Episódio 14



Ele via Saki como a amiga de infância apaixonada por ele, que era capaz de deixá-lo fazer qualquer coisa que quisesse com ela. Ela significava muito para ele e não queria perdê-la, por isto ainda seguia inseguro de tentar avançar o sinal e tentar  fazer amor com ela, pois achava que aí a amizade acabaria e ele poderia perdê-la.Mas o desejo, não apenas por ela, mas pelas três, só aumentava e ele começava a querer parar com sua auto-contenção.
Quanto à Kanna, ele a via como uma tarada, pervertida, oferecida, que queria fazer amor com ele de qualquer jeito. Mas apesar de ela ser quem mais despertava sua tara, que estava recolhida dentro de si como fera enjaulada,ele tinha receio de que, uma vez que fizesse amor com ela, o seu encanto que ele exercia sobre ela acabaria, e ela o abandonaria para fazer amor com outros.
Já Nagi, ele via como uma boba, uma boneca, verdadeira escrava mesmo, de quem podia se aproveitar. Era a professora de amor e sexo para ele exercer com as outras duas.
Na verdade ele estava tão cego pelo desejo naquele momento, que não conseguia entender direito a verdadeira profundidade dos sentimentos dela.
Ele queria mesmo era Saki, para namorar, mas não queria abri mão das outras duas como amantes, pois adorava se sentir paparicado.
De certa forma ele ainda era muito imaturo, e com suas atitudes infantis, magoava as três, mas como conseguia manter sua empatia intensa com elas, não as perdia. Mas até quando ?Até quando elas iriam suportar tanto sofrimento, tanta frustração, tanta mágoa?
Depois da praia, Saki e Nagi foram tomar banho. Mas Kanna não quis.Nenshin não saía de sua cabeça.
Então ela voltou à praia, com o roupão aberto sobre o biquíni fio dental.
Passeava pensativa pela praia, até que viu, ao entardecer, com as estrelas começando a aparecer enquanto o sol se punha ,Nenshin sentado, também pensativo, debaixo de uma árvore.
-Vamos?
Ela disse, num sorriso meigo e carinhoso, dando a mão para ele.
Para a surpresa dela, ele se levantou e pegou na mão dela, e a puxou, correndo com ela.
Ele tinha descoberto, atrás de grandes pedras na praia, uma pequena caverna, que ficava seca naquele horário.
Mais surprêsa ainda ela ficou quando ele a agarrou como um tarado, tirando-lhe o roupão e apertando suas nádegas com força e beijando-a na boca com luxúria!
Os olhos dela ficaram rasos. Se ela soubesse que era tão simples assim...
Muito rapidamente ele tirou todo o biquíni dela e a deixou nua e ficou nu também, e colocou-se a  fazer amor com ela, e  ela parecia que ia enlouquecer, nunca sentira tanto prazer na vida!
Mas havia algo de errado naquilo. Ele agora parecia uma besta selvagem enfurecida, e ela notou que ele exagerava, e começava a machucá-la.
Ela chegou à conclusão de que não havia amor naquilo, e que ela estava errada em se deixar levar pelo simples sexo, veio-lhe a consciência de que ela não apenas tinha desejo por ele, mas amor. E ela se afastou dele, e pediu para que ele saísse de cima dela.
Ela se encolheu toda num canto e começou a chorar.
E ele vestiu-se e deu-lhe as costas, como se nada tivesse acontecido, de modo que ela interpretou como frio e insensível,o que a machucou mais ainda!
Mas ele na verdade também chorava baixinho, sem entender o que havia feito de errado.
Kanna sofria em lembrar-se do olhar sempre doce e meigo dele para ela, no início da transa, mas pervertido, selvagem e descontrolado no final. Depois veio-lhe a mente o olhar dele quando ela bateu em Saki.Debatendo-se entre dois pensamentos conflitantes, Kana parecia que ia enlouquecer! Seu corpo, apesar de tudo ainda pedia por mais, muito mais, parecia um vício incontrolável, mas agora ela já não queria mais só sexo, queria amor. Não queria que ele se aproveitasse do corpo dela, mas a amasse, fizesse tudo aqui por amor, não por tara selvagem.Ela ficava feliz por ter proporcionado a primeira vez dele, e também pela primeira vez dela ter sido tão excitante, mas frustrante ao mesmo tempo, já que se sentia um pedaço de carne na mesa do açougueiro quando esteve nas mãos dele. A depressão invadiu a alma dela, e o fato de ele ter dado as costas a ela em silêncio era para ela um sinal claro de que ela o havia perdido para sempre!

(por continuar)

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