Uma
vez no quarto, Shinji trombeteou:
-Pode
começar a confessar seus pecados!Conte tudo !
Nervosa,
Kaede caiu de joelhos diante do marido, de cabeça baixa, e confessou que havia
feito amor com Tetsuo, que estava apaixonada por ele,e tudo o que se passou
entre eles.
Shinji
foi ouvindo, rangendo os dentes, tremendo de nervoso, rubro de raiva, mas teve
a paciência de esperar ouvir a confissão até o fim.Quando ela por fim
terminou, veio a tempestade:
-Sua
prostituta vagabunda !Vadia! Mulher à toa ! Traidora !Teve o desplante, a
coragem de ousar me trair, e pior, e mais imoral ainda, me trair com meu
próprio filho!Sem vergonha!Ordinária! Porca !Cadela!Imunda!Você me desonrou,
desonrou meu nome, a minha casa, minha família, você não está nem aí comigo,
eu, que estou velho, recém-operado!Covarde!Enquanto eu estava sofrendo,
correndo risco de vida naquele hospital, você ficava me traindo!
-Me
perdoa, Shinji-kun, por favor me perdoa! Foi uma estupidez da minha parte, eu
sou uma besta,eu traí você com o Tetsuo e com o...
-O
queeeeê???Você me traiu com mais gente ainda? Quantos você levou para a cama, sua
suja?Você é uma imoral, safada, libertina,sua...sua...sua...aaaaaaaaaah!
Depois
de falar enquanto batia nas costas da esposa com sua bengala com toda a
força,Shinji teve um novo infarto!
Mas
desta vez foi fulminante! Ele caiu morto no chão!
-Shinji!Shinji...nãaaaaaaaaaaoooo!Gritou
Kaede.
Ela tentou levantar a cabeça dele, colocá-la no colo, beijá-lo, tentou
massagem cardíaca e nada.
-Shinji-kun!Shinji-kun,
fala comigo , Shijiiii-kuuuun!Oh, não, Shinjiii-kun!Shinjiiii-kuuuuuun!
Kaede
então ligou para o celular de Tetsuo, que não entendeu nada do que ela dizia,
em meio a tanto choro, apenas que era alguma coisa referente a seu pai.Resolveu
voltar correndo pela casa.
Lá
chegando,alertado pelos gritos desesperados de Kuome,que também foi alertada e chegou correndo,e chorava desconsoladamente no sofá da sala, Tetsuo entrou no quarto e
viu o que ele desconfiava e temia: o pai dele morto nos braços da madrasta.Ela
chorava descontroladamente!
-Papai!
Papai !
Tetsuo
colocou a cabeça no peito dele, e nada de ouvir o coração.Tomou a pulsação, mas
esta não havia mais.Ele desabou a chorar também.
Logo
Maki e Hideo apareceram, atraídos pela confusão, e Maki começou a chorar
também! Duas mortes, dois choques tão próximos, e ela entrou em parafuso!Completamente
desnorteada, ela teve de ser amparada por seu namorado e levada para outro
quarto.
Dia
de luto na escola, dia de luto na casa dos Amagawa.
O
velório e o enterro de Ayumi, morta tão jovem,foi de grande comoção e atraiu a
escola inteira, tendo ela sido velada em sua sala de aulas.
Maki
depositou uma coroa de flores no caixão, pedindo à morta que por favor a
perdoasse, pois ela se sentia por demais culpada!
Para
piorar, o enterro fora no mesmo cemitério em que sua irmã Nami estava
enterrada!
Ela
estava muito deprimida e o choque destas duas mortes seguidas a levou a ficar
tímida e ingênua de novo, não permitindo mais grandes intimidades com Hideo,
que no entanto, a amparou, junto com Tetsuo, com todo o amor e carinho que
pôde.Aquele trauma poderia demorar a ser curado, os dois pensaram...
Enquanto
isto, no presídio feminino, uma estranha "funcionária" andava pelos
corredores procurando pela cela de Izanami.Era Haru, o irmão de Ayumi,
travestido de mulher, que tinha conseguido fugir de sua prisão, pronto para
matar a assassina de Ayumi.
Finalmente,
conseguiu achar a cela dela.Abriu a grade com a chave e entrou, fingindo que ia
limpar a cela.Izanami estava dormindo.
Ele
se aproximou, tirou uma faca do bolso do vestido,e neste momento a tia dele abriu os olhos.
-Oi,
Titia !Sayonara!Ele disse com ironia, enquanto ela arregalava os olhos ao ver a faca
brilhando ao reflexo da luz elétrica.Ele tampou a boca dela com a mão, e a faca
mergulhou fundo no seio esquerdo dela, atingindo a veia cava, ao lado do
coração, uma veia de grosso calibre, que carrega uma grande quantidade de
sangue.rompendo-a e provocando uma enorme hemorragia interna,gravíssima.Em
segundos a pressão arterial dela caiu quase a zero e ela perdeu a
consciência.Alguns segundos depois, estava morta.
Mas
houve uma testemunha, pois a carcereira estava passando por eles justo naquele
momento, e deu o alarme.Imediatamente várias policiais apareceram, e Haru tomou
a carcereira como refém. Entretanto, uma policial atirou nele pelas costas, e a bala atingiu a base do
crãnio, rompendo o cerebelo e rasgando-lhe o cérebro.Huru caiu morto
instantâneamente.
Tentaram
socorrer Izanami, mas ela já estava morta.
Dois
dias inteiros se passaram.
.Primeiro
dia de aula depois do enterro de
Ayaumi.Também Shinji já tinha sido enterrado.
Maki
e Hideo foram para a escola, e agora eram bem recebidos. Toda a animosidade e
desconfiança da classe para com eles tinha terminado, e agora colegas de ambos
os sexos se aproximavam deles,o clima era leve e animado.
Menos
para Maki, que continuava deprimida.
Ela
não rendia bem na escola e tinha crises constantes de choro, além de episódios
de baixa auto estima, que Hideo tinha dificuldades em conseguir
sobrepujar.Preocupado, o menino resolveu conversar com Tetsuo no intervalo:
-Tetsuo-sensei,eu
não consigo mais animar a Maki-chan! Ela não consegue se recuperar, e está cada
vez mais deprimida, sem ânimo para nada...
-Eu
tenho notado isto também, Hideo-san, e também tenho ficado muito preocupado.O
clima lá em casa anda fúnebre, não acha?A Kaede-san se martirizando pela morte
de meu pai,a Kuome-nee-san a acusando de assassina, a Maki-chan deste jeito...não sei mais o que fazer!
-Olha,
eu estou tendo uma idéia aqui comigo, sensei.Acho que a Maki precisa mudar um
pouco de ares, descansar um pouco.Ela tem uma amiga lá em Osaka, a Lune
Tamassuki, que faz muito bem para ela, e a Maki-chan sempre me fala que a
Lune-chan é a melhor amiga dela, e que já a convidou para ir visitá-la na
cidade dela quando quiser.
-Olha,
mas é uma ótima idéia, Hideo-san! Muito bom ! Vamos fazer o seguinte, eu pago a
viagem de vocês para lá! Peça para ela ligar para a Lune-san e combinar uns
três dias lá, será ótimo para ela !
-Vou
falar com ela agora mesmo, sensei!
Hideo,
no entanto teve uma trabalheira danada para
convencer Maki a viajar. Então nossa heroína resolveu ligar para Lune:
-Alô?Lune-san?
-Não,
aqui é a Ruri, irmã dela, quem é?
-Aqui
é a Maki-chan, amiga dela, de Kyoto!Eu poderia falar com ela, por favor?
-Claro,
só um momento, que vou chamá-la!
Alguns
segundos depois:
-Maki-chan?Que bom receber sua ligação !Que
saudades, como é que você está?
-Ah,
Lune-chan, eu também estoucapotando de saudades de você !Olha, oneee-chan,
aconteceu tanta coisa depois que você foi embora, muita coisa boa, outras ruins,
estou tão deprimida...
-Imagine,
Maki-chan, não fique assim...
-Onee-chan,eu...eu
posso vir aí te visitar?Estou precisando tanto do seu apoio...
-Claro,
venha, vai ser um prazer recebê-la em casa ! Venha sim !
-Eu
venho como Hideo-kun, meu namorado, tudo bem?
-Olha só,
você está namorando, que coisa boa ! Claro, traga a ele também!
-Obrigada,
Lune-chan, nós chegaremos aí amanhã à tarde, tudo bem?
-Tudo
bem, só me passe então os dados do horário certinho, que estarei na estação
ferroviária esperando por vocês !
Maki
passou os dados.
-Ótimo,
amanhã , à uma e meia da tarde eu e o Takeo-kun vamos buscar vocês então!Vai ser
muito bom, e vamos poder conversar muito, Maki-chan!
E
assim, agora estava tudo combinado.
Em
Osaka, Lune já ligava para Takeo, para combinar as coisas, e ele
concordou.Sendo assim, ela tratou, ela mesma de preparar o quarto de hóspedes
para Maki e Hideo, e avisar a seus pais da visita.Lune estava bem animada, pois
tinha poucas amigas, e Maki era para ela
muito querida, e na verdade as duas estavam muito ansiosas para se
reencontrarem!
Enquanto
isto, de volta a Kyoto,Emi estudava na mesma escola e classe que Kuome e
Midori, pois era da mesma idade.Rito, mais novo que ela estava na classe de
Maki, e, embora ele e Emi continuassem vivendo juntos como se fossem
casados,portando até anéis de noivado,ele continuava dando em cima de tudo
quanto era menina que encontrasse, e traía Emi direto.
Mas
quem estava na entrada do colégio àquela hora era Katashi, o pai de Emi.
Ele
portava uma pistola semi-automática roubada, e disfarçou-se de funcionário da
limpeza para tentar se aproximar de sua
filha e cometer mais um crime.
Entretanto,
Mira, a brava chefe do Esquadrão Disciplinar da escola estava fazendo sua
ronda, e imediatamente suspeitou dele.Afinal, ela conhecia todos os
funcionários da escola!
-Ei,
o que o senhor está fazendo aí?Está cego?Olhe aquele monte de folhas lá! Vá
catar!
-Sim,
senhorita! Ele disse, enterrando o boné na cabeça.
-Huum,
não sei não!Eu não conheço você, por favor identifique-se!
Katashi
coçou o farto bigode e tirou a pistola do bolso.Mira levou um susto e sacou sua
espada katana, mas um tiro em sua mão a desarmou na hora!
-Hehehehe!Ele
riu, numa risadinha sinistra, e avançou para cima dela, empurrando-a para trás,
e jogando-a atrás de uma moita.
Ele
se deitou em cima dela e tampou a boca dela com a mão, para evitar que ela
gritasse, e começou a rasgar as roupas dela.
Ela
se debatia, apavorada, e apertou o botão de emergência de seu celular, que
tocou em todos os celulares de todo o esquadrão dela, cujos integrantes vieram
correndo em seu socorro.
Katashi
deixou-a nua em pêlo, e começou a estuprá-la, avançando com toda a força para cima dela a ponto de machucá-la e fios de sangue desceram por entre as perrnas dela.
Ele
mordia os seios dela com força, à ponto de sangrar, e num ritmo frenético e
selvagem, a estuprava com violência extremada!
Só
então ele se viu cercado dos vinte estudantes armados de porretes, que
começaram a espancá-lo nas costas, até ele se soltar de Mira, e puxaram-na para
longe dele.Um dos integrantes do Esquadrão chamou a polícia, e eles apreenderam
a arma de Katashi.
Logo
a polícia chegou.O pai de Emi, em desespêro, não quis se render.Conseguiu tirar
a arma da mão da estudante e atirou nos policiais.Novamente lá estava a brava
Akane, que, ao ver um colega seu cair morto no chão,deu um tiro certeiro em
Katashi, na testa, bem entre os olhos.
Ele
tombou morto no chão.
A
ambulância chegou e levou Mira para o Hospital, e o bandido foi identificado.
Do
meio da multidão que assistia, saiu Emi.
Mas
esta não chorou.Ao contrário, sentiu alívio, e vingada.E chutou o corpo inerte,
dizendo:
-Bem
feito !
(por continuar)
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