Sou como um lobo,
Um lobo solitário que uiva ao luar...
Meu coração toca no saxofone,
Uma
triste melodia...
Minha alma uiva ao luar
Meu coração e’ um lobo solitário,
De coração pesaroso,
Desgarrado do bando,
Solidão...
E o saxofone continua a tocar...
Toca notas agudas, roucas e tocantes
Tocando solo,
Como minha alma que se expressa!
Ao sax se junta uma guitarra agora,
Que grita cortantemente,
Como uma navalha,
Estraçalhando um coração,
Vazio de sentido
E cheio de compaixão !
Um anjo solta a voz
,Uma melancólica soprano,
Uma voz poderosa ecoa na densa bruma da
noite escura e fria,
Fria como o coração solitário do lobo,
Que uiva ao luar,
Como mesmo exaspero que a minha alma !
Uivo, sax, guitarra, voz angelical,
Uma canção profunda e tocante e triste,
Agora e’ a vez do violino,
Que despeja notas qual lagrimas,
Ao vento gelado que as leva ao esquecimento,
Mas as leva com seu tom agudo e navalhino,
Ao lago profundo,
Que espelha a figura triste da magoa da
solidão!
Uma expressão comovente,
Um desabafo,
Todos estão chorando,
Sax, guitarra, violino, o lobo e o Anjo
Para a lua cheia bela e brilhante,
E um belíssimo coro agora coroa
E ecoa,
Minha alma
solitária e vazia,
Que lamenta a dor suprema e profunda,
De não
Ter ninguém ao meu lado !
Fim
Cristiano Camargo
PS: Poesia premiada no V Prêmio Artur Bispo do Rosário,edição 2009.
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